Três suspeitos foram presos por envolvimento na morte da atendente Nadyane Santana, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado com marcas de tiros em uma área de mata em Village do Sol, Guarapari, no dia 6 de abril deste ano. Um deles seria o ex-patrão da vítima, Anderson Henrique da Silva Kifer, de 25 anos, com quem ela manteve um relacionamento e teria engravidado, segundo a Polícia Civil.
As investigações apontaram que Nadyane trabalhava para Anderson em uma lanchonete, quando os dois começaram a ter um caso extraconjugal. O suspeito, conforme foi levantado, já era casado. No momento em que descobriu que estava grávida, a vítima passou a pedir ajuda financeira ao homem. Além de insatisfeito com os gastos, Anderson insistia para que Nadyane abortasse a criança.
Foi após a esposa do suspeito descobrir sobre a amante que ele contratou dois homens para executar Nadyane, mediante pagamento financeiro. O valor, segundo a polícia, seria de apenas R$ 4 mil, dividido entre os suspeitos.
O delegado Franco Malini, da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, explicou que a corporação chegou aos suspeitos após localizar o carro utilizado no crime.
"Esperamos que começassem a se movimentar, para poder rastrear pelo cerco inteligente. Dez dias depois, o veículo passou a circular", afirmou.
Um dos executores do crime confessou o crime, e alegou que foi contratado por Anderson, pois ele reclamava estar sendo "extorquido" pela ex-funcionária. Com a identificação do primeiro suspeito, a corporação alcançou os outros envolvidos no caso.
Os presos são:
Contra um dos executores, constava outro mandado de prisão preventiva por crime de homicídio, cometido em 2019, no município de Mariana, em Minas Gerais. De acordo com o delegado, ele seria mineiro, mas veio morar no Espírito Santo para fugir da polícia. Usava, inclusive, até nome falso em Guarapari, onde vivia.
Novos exames foram feitos para constatar se Nadyane estava, de fato, grávida. Caso o resultado for positivo, os suspeitos também vão responder pelo crime de aborto.
A Gazeta tenta contato com a defesa do citado. O espaço segue aberto para a parte.
Uma grávida de dois meses foi morta a tiros e o corpo foi encontrado em uma área de mata no bairro Village do Sol, em Guarapari, na tarde deste sábado (6). O corpo da atendente Nadyane Santana, de 20 anos, apresentava marcas de agressões.
Segundo a família, a jovem saiu de casa na noite de sexta-feira (5) quando disse à família que encontraria uma amiga, mas Nadyane parou de atender as ligações e a responder mensagens, o que deixou os parentes preocupados.
O corpo de Nadyane só foi encontrado um dia depois, por uma mulher que passava na área de mata.
Uma semana antes da morte, Nadyane foi agredida por uma mulher na frente da loja onde trabalhava, na Praia do Morro, em Guarapari.
A briga foi registrada por uma câmera de videomonitoramento. Segundo a família, na sexta-feira (29), Nadyane registrou um boletim de ocorrência relatando que estava sendo ameaçada de morte.
Com informações de g1 ES
Após a publicação desta reportagem, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes sobre o caso. O texto foi atualizado com as novas informações.
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