A Polícia Civil prendeu seis pessoas e apreendeu mais de 2 mil cigarros eletrônicos durante a Operação Vapor no Espírito Santo. A ação teve objetivo de combater a comercialização de cigarros eletrônicos e respectivos dispositivos proibidos no Brasil e foi realizada em diversos estabelecimentos comerciais nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari.
A Operação Vapor foi deflagrada na última sexta-feira (5), mas as informações foram passadas pela Polícia Civil somente nesta quarta-feira (10). Além das unidades de cigarro eletrônico – também chamado de vaper – a corporação apreendeu 677 essências e 263 unidades e/ou componentes e 500g de ácido bórico, usados nos equipamentos.
Mais detalhes sobre as prisões e sobre a investigação serão divulgados em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (10), na Chefatura de Polícia Civil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu no dia 6 de julho de 2022 manter a proibição de venda de cigarros eletrônicos no Brasil e ampliar a fiscalização para coibir o mercado irregular dos dispositivos. Participaram da votação quatro diretores da Anvisa - a decisão foi unânime. A venda de cigarros eletrônicos é proibida no País desde 2009.
O Brasil faz parte de um grupo de 32 nações que vetam o comércio do produto, a exemplo de México, Índia e Argentina. Outras 79 - como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá - liberaram com maior ou menor grau de restrição, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021.
Fabricantes dos dispositivos argumentam que eles oferecem risco reduzido à saúde, em comparação ao cigarro tradicional, e por isso deveriam ser liberados como alternativa para uso adulto. Também dizem que o veto não impede a venda irregular. Pesquisas científicas de universidades de ponta e entidades médicas, porém, apontam presença de substâncias desconhecidas nos dispositivos e potencial de incentivar o tabagismo entre adolescentes e jovens que nunca fumaram - o que justifica manter a proibição.
Cigarros eletrônicos, ou vapes, funcionam por meio de uma bateria que aquece um líquido interno, composto por água, aromatizante, nicotina, propilenoglicol e glicerina. Têm formas variadas, e modelos mais modernos se parecem com pen-drives. Alguns são fechados: não é possível manipular o líquido interno. Outros podem ser recarregados com líquidos de várias substâncias e sabores, como uva e menta.
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