Um homem de 28 anos apontado como gerente do tráfico de drogas do Bairro da Penha, em Vitória, foi preso durante operação da Polícia Civil na última quinta-feira (27). A prisão aconteceu na casa do suspeito, onde a polícia também encontrou armas, munições, drogas, coletes à prova de balas e rádios comunicadores. Um outro suspeito de participar do tráfico da região também foi preso.
A operação foi realizada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), porque, segundo a polícia, as investigações indicam que os criminosos que atuam no Bairro da Penha também são responsáveis por roubos na Grande Vitória. O delegado Gabriel Monteiro, chefe da Divisão Patrimonial, explicou que diversos membros da quadrilha responsável por assaltos a mais de 50 farmácias em seis meses são moradores do bairro.
"Na semana passada, fomos tentar identificar alguns criminosos que vêm realizando roubos na Grande Vitória. Nós conseguimos realizar a prisão de dois indivíduos. Um desses indivíduos ocupa uma posição de destaque na organização do tráfico de drogas do Bairro da Penha. com ele, apreendemos mais de 100 munições, essa pistola, colete, drogas, balança de precisão, dinheiro", disse.
O titular da Delegacia de Segurança Patrimonial, delegado Gianno Trindade, contou que a operação teve início a partir de uma denúncia anônima. Segundo o delegado, as equipes foram até a casa do suspeito e encontraram uma pistola, 120 munições de diversos calibres, dinheiro e drogas. De acordo com Trindade, todos os materiais apreendidos estavam escondidos e, inicialmente, o suspeito negou que houvesse algo de ilícito na casa.
"A arma estava muito bem escondida atrás do motor de uma geladeira que estava funcionando. Foi difícil, mesmo após ele informar o local, de achar o armamento. As munições estavam dentro da máquina de lavar e a droga estava em uma fresta no telhado. No primeiro momento, ele negou que houvesse alguma coisa ali, mas, depois, acabou confessando", narrou.
Os dois suspeitos serão indiciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e posse ilegal de arma de fogo e munições. O suspeito apontado como gerente, de 28 anos, não possuía passagens pela polícia. Segundo o delegado Gabriel Monteiro, isso se deve ao respaldo que ele possuía no morro. "Por ele ter um respaldo muito grande no morro, ele era sempre o primeiro a ser avisado. Então ele já conhecia as rotas de fuga, conhecia a geografia do local", acrescentou.
O delegado Gianno Trindade ainda informou que, assim que as equipes algemaram o suspeito de 28 anos, a inteligência da Polícia Civil avisou à equipe que havia uma ameaça de disparos por parte dos criminosos contra os policiais. O delegado citou, porém, que foram disparados apenas fogos de artifício próximo aos agentes, para tentar desviar a atenção da prisão.
"Quando ele foi algemado, a inteligência da Polícia Civil nos informou que os criminosos iriam efetuar diversas rajadas direcionadas à equipe, para tentar resgatar esse indivíduo. O que aconteceu foi que fogos de artifício foram disparados muito próximos à equipe, eles usam essa tática para chamar a atenção, às vezes para a polícia sair dali, tentar capturá-los e tirar o foco do local onde a gente estava", finalizou.
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