A Polícia Civil havia divulgado que um dos suspeitos presos era ex-armeiro do Exército Brasileiro, informação desmentida pela instituição nacional. Posteriormente, a PC admitiu o erro. O texto foi corrigido.
Oito suspeitos de fabricar e vender armas e munições para traficantes de drogas no Estado foram presos pela Polícia Civil. Entre eles está um que é considerado um dos maiores fabricantes de armas artesanais da Serra.
Segundo as investigações, ele foi o primeiro a fabricar e comercializar submetralhadoras artesanais no Espírito Santo. A ação foi realizada na última sexta-feira (24) pela Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme) durante a Operação Rhoncus.
De acordo com informações da TV Gazeta, esse suspeito tem 36 anos. Embora tenha começado a fabricar armas de forma caseira em 2016, atualmente ele estava trabalhando como caminhoneiro.
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (28), o titular da Desarme, delegado Christian Waichert, explicou que o suspeito era monitorado pela polícia desde 2019. Em 2020, ele conseguiu fugir de uma abordagem policial.
Durante a fuga, os agentes de segurança encontraram uma fábrica clandestina de arma de fogo. No mês de agosto de 2020, a Polícia Militar localizou outro local clandestino usado para produção de armas. Na ocasião, um casal foi preso.
As investigações apontam que ele não tinha local específico para a montagem do armamento. Para isso, contava com ajuda de amigos. "Agora ele está em um trabalho lícito, não comete esse tipo de crime, mas foi uma das pessoas que introduziu no Estado esse tipo de arma caseira, um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela segurança pública", disse Waichert.
Com informações de Diony Silva, da TV Gazeta
Inicialmente, a Polícia Civil havia informado equivocadamente que um dos suspeitos detidos na Operação Rhoncus era ex-armeiro do Exército. No entanto, essa informação foi desmentida pelo Exército e corrigida posteriormente pela corporação estadual durante a tarde desta quarta-feira (29). Na retificação, a PC explicou que "a informação foi apurada dentro das investigações, mas não se confirmou e acabou sendo veiculada de maneira indevida".
Autoridades militares ouvidas pela TV Gazeta revelaram que é comum esse tipo de pessoa mentir para poder conseguir trabalhar para o crime, já que ter prestado serviço ao Exército seria um grande atrativo para a fabricação de armas caseiras e, consequentemente, para o tráfico de drogas. Abaixo, a nota na íntegra da Polícia Civil sobre o erro:
Informamos que o indivíduo preso pela DESARME na última sexta-feira (24), no escopo da Operação Rhoncus, o qual é considerado um dos maiores fabricantes de armas artesanais do município da Serra/ES, não consta nos quadros do Exército Brasileiro como ex-integrante das Forças Armadas. A informação foi apurada dentro das investigações, mas não se confirmou e acabou sendo veiculada de maneira indevida. A Desarme seguirá com as investigações do fato para identificar os motivos que levaram o indivíduo preso a afirmar isso em depoimento.
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