A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação no Espírito Santo contra suspeitos de aplicar o chamado golpe do consórcio no interior de Minas Gerais, enganando e fazendo clientes perderem dinheiro. O prejuízo ultrapassa meio milhão de reais. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.
Os mandados, conforme a corporação, foram cumpridos em Colatina e Vila Velha. Ainda segundo a Polícia Civil, um mandado de prisão em Colatina não foi cumprido, e as buscas continuam para encontrar o alvo. Os nomes dos envolvidos na operação não foram divulgados.
Os mandados cumpridos e o mandado não cumprido:
A operação foi realizada pela Delegacia de Polícia Civil do município de Ipanema, em Minas Gerais, e contou com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo. Os mandados foram cumpridos após uma investigação, que começou em novembro de 2023, referente a golpes aplicados através da venda de cartas de consórcios fraudadas, causando um prejuízo de quase R$ 600 mil a empresários de Ipanema, no interior do Estado mineiro. Os investigados são acusados de enganar vítimas com promessas de consórcios vantajosos, mas que, na verdade, eram fraudulentos.
Segundo o titular da Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, delegado Alfredo Serrano, cinco pessoas foram vítimas dos golpistas no município. A corporação, no entanto, acredita que mais gente tenha perdido dinheiro no golpe.
Durante a ação, foram apreendidos diversos documentos e dispositivos eletrônicos que serão analisados para aprofundar a investigação e identificar possíveis outros envolvidos no esquema. As prisões temporárias dos suspeitos permitirão a continuidade das diligências e a coleta de mais provas, segundo a Polícia Civil.
Em entrevista ao repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta, o delegado da Polícia Civil mineira afirmou que o mentor do grupo se apresentava como representante de uma empresa nacional de consórcios. O homem abria um site falso e mostrava ao cliente as oportunidades disponíveis de investimentos.
"Ele acessava um site falso, uma cópia do site de uma empresa nacional, e mostrava as cédulas de consórcio disponíveis. No levantamento que a gente faz, identificamos diversos boletins de ocorrência no Espírito Santo e em Minas Gerais. A gente acredita que o número de vítimas é muito maior", afirmou.
O nome da empresa que tinha o site falsificado não foi informado. Segundo o delegado, a entrada paga no consórcio pelos clientes variava de R$ 100 mil a R$ 250 mil
Ainda conforme o delegado Alfredo Serrano, enquanto os empresários eram vítimas do golpe no interior de Minas Gerais, o dinheiro obtido era gasto pelos suspeitos no Espírito Santo. Segundo o delegado, os envolvidos, preso nesta quarta-feira (3), viviam uma vida de "alto padrão".
O delegado detalhou que, dos três presos em Vila Velha, duas são mulheres. O homem envolvido, também preso na operação, foi classificado como mentor do grupo.
Na avaliação do titular da Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, a operação visa combater o crime de fraude e proteger a integridade financeira das vítimas. De acordo com Alfredo Serrano, um dos envolvidos segue sendo procurado em Colatina. "Se ele não for encontrado, passará a ser considerado foragido, já que há mandado de prisão temporária contra ele", disse o delegado.
Os envolvidos presos, segundo o delegado, podem responder por organização criminosa e estelionato. Qualquer informação adicional que possa auxiliar na investigação pode ser comunicada através do telefone (33) 3314-1418 ou pelo Disque Denúncia 181, com a garantia de sigilo absoluto.
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