> >
Polícia prende no ES suspeitos de aplicar golpe do consórcio em MG

Polícia prende no ES suspeitos de aplicar golpe do consórcio em MG

Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Colatina e Vila Velha; prejuízo das vítimas de Minas Gerais é de quase R$ 600 mil

Publicado em 3 de julho de 2024 às 10:37

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Três presos por golpe do consórcio no interior de Minas Gerais
Três presos por golpe do consórcio no interior de Minas Gerais. (Rodrigo Gomes)

Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação no Espírito Santo contra suspeitos de aplicar o chamado golpe do consórcio no interior de Minas Gerais, enganando e fazendo clientes perderem dinheiro. O prejuízo ultrapassa meio milhão de reais. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.

Os mandados, conforme a corporação, foram cumpridos em Colatina Vila Velha. Ainda segundo a Polícia Civil, um mandado de prisão em Colatina não foi cumprido, e as buscas continuam para encontrar o alvo. Os nomes dos envolvidos na operação não foram divulgados.

Os mandados cumpridos e o mandado não cumprido:

  • 3 mandados de busca e apreensão cumpridos em Vila Velha
  • 1 mandado de busca e apreensão cumprido em Colatina
  • 3 mandados de prisão cumpridos em Vila Velha
  • 1 mandado de prisão pendente em Colatina

A operação foi realizada pela Delegacia de Polícia Civil do município de Ipanema, em Minas Gerais, e contou com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo. Os mandados foram cumpridos após uma investigação, que começou em novembro de 2023, referente a golpes aplicados através da venda de cartas de consórcios fraudadas, causando um prejuízo de quase R$ 600 mil a empresários de Ipanema, no interior do Estado mineiro. Os investigados são acusados de enganar vítimas com promessas de consórcios vantajosos, mas que, na verdade, eram fraudulentos.

Segundo o titular da Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, delegado Alfredo Serrano, cinco pessoas foram vítimas dos golpistas no município. A corporação, no entanto, acredita que mais gente tenha perdido dinheiro no golpe.

Aspas de citação

No fim de 2023, a delegacia foi procurada por alguns empresários que relataram ter sido vítimas do golpe. Eles haviam adquirido cartas de crédito na expectativa de conseguir dinheiro. Davam uma entrada alta em dinheiro, de até R$ 250 mil, e ficaram quase um ano esperando a carta de consórcio ser contemplada. Mas a carta de crédito não existia na empresa que eles diziam representar

Alfredo Serrano
Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, em Minas Gerais
Aspas de citação

Durante a ação, foram apreendidos diversos documentos e dispositivos eletrônicos que serão analisados para aprofundar a investigação e identificar possíveis outros envolvidos no esquema. As prisões temporárias dos suspeitos permitirão a continuidade das diligências e a coleta de mais provas, segundo a Polícia Civil.

Grupo usava site falso e fazia promessas às vítimas

Em entrevista ao repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta, o delegado da Polícia Civil mineira afirmou que o mentor do grupo se apresentava como representante de uma empresa nacional de consórcios. O homem abria um site falso e mostrava ao cliente as oportunidades disponíveis de investimentos.

"Ele acessava um site falso, uma cópia do site de uma empresa nacional, e mostrava as cédulas de consórcio disponíveis. No levantamento que a gente faz, identificamos diversos boletins de ocorrência no Espírito Santo e em Minas Gerais. A gente acredita que o número de vítimas é muito maior", afirmou.

O nome da empresa que tinha o site falsificado não foi informado. Segundo o delegado, a entrada paga no consórcio pelos clientes variava de R$ 100 mil a R$ 250 mil

Suspeitos de golpe levavam vida de "alto padrão" no ES

Ainda conforme o delegado Alfredo Serrano, enquanto os empresários eram vítimas do golpe no interior de Minas Gerais, o dinheiro obtido era gasto pelos suspeitos no Espírito Santo. Segundo o delegado, os envolvidos, preso nesta quarta-feira (3), viviam uma vida de "alto padrão".

Aspas de citação

O dinheiro obtido no crime por essas pessoas era utilizado para manter uma vida de alto padrão na Grande Vitória, com apartamento de luxo e frequentando ambientes requintados, com carros de luxo. Eles dividiam o lucro, usavam o dinheiro em comum acordo

Alfredo Serrano
Delegado de Polícia Civil de Ipanema, em Minas Gerais
Aspas de citação

O delegado detalhou que, dos três presos em Vila Velha, duas são mulheres. O homem envolvido, também preso na operação, foi classificado como mentor do grupo.

Suspeito é procurado e presos podem responder por estelionato

Na avaliação do titular da Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, a operação visa combater o crime de fraude e proteger a integridade financeira das vítimas. De acordo com Alfredo Serrano, um dos envolvidos segue sendo procurado em Colatina. "Se ele não for encontrado, passará a ser considerado foragido, já que há mandado de prisão temporária contra ele", disse o delegado.

Os envolvidos presos, segundo o delegado, podem responder por organização criminosa e estelionato. Qualquer informação adicional que possa auxiliar na investigação pode ser comunicada através do telefone (33) 3314-1418 ou pelo Disque Denúncia 181, com a garantia de sigilo absoluto.

Polícia prende no ES suspeitos de aplicar golpe do consórcio em MG

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais