A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (04), um homem suspeito da prática de dois homicídios no município da Serra. O primeiro crime foi praticado em 4 de setembro de 2018 e o segundo em 4 de outubro de 2020. Na mesma operação, foi preso em flagrante um segundo indivíduo, gerente do tráfico no bairro Residencial Centro da Serra, que estava em posse de um revólver, uma submetralhadora de fabricação caseira, dinheiro e drogas.
De acordo com informações divulgadas em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (06), o homicídio praticado em 2020 aconteceu no bairro Parque Residencial Tubarão. Segundo o delegado adjunto do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Ramiro Diniz, a motivação para a ação criminosa foi a guerra existente com o traficante morto.
"Em sede policial ele, de 20 anos, confessou o crime. No dia 4 de abril de 2020 o suspeito agora preso havia sofrido uma tentativa por parte da vítima desse homicídio. Este executor também já havia sido indiciado por um homicídio ocorrido no final de 2018, o qual teve a participação de dois executores, ele e outro criminoso, de 21 anos, que foi preso pela DHPP da Serra em junho de 2019, no bairro Nova Almeida. Foi preso com uma pistola calibre 9 mm e 423 buchas de maconha, à ocasião", informou a autoridade policial.
Já o segundo suspeito preso nesta segunda-feira (4), o qual foi flagrado traficando, tem 25 anos. "Fomos até a boca de fumo onde ele atua, próximo ao imóvel que nos tinha sido indicado, no Residencial Centro da Serra, e conseguimos efetuar a prisão dele lá. Ele estava com armas e drogas. No imóvel a gente apreendeu as duas armas, que ficam à disposição dos traficantes da boca, quando eles precisam atacar e proteger o local. Ambos os presos nesta segunda (4) são envolvidos no tráfico dos mesmos bairros, em uma guerra do tráfico", acrescentou.
Para o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a prisão do homicida nesta segunda-feira (04) foi importante porque interrompe uma sequência de mortes. "O homicida tem compulsão por matar. Então não tem jeito, ele precisa ser retirado de circulação, ou então viriam mais mortes", afirmou.
De acordo com Diniz, no caso do homicídio praticado no bairro Parque Residencial Tubarão, em outubro de 2020, o suspeito descobriu que a vítima estaria em uma confraternização de aniversário da avó, que completava 86 anos.
"O criminoso se colocou escondido no local onde estava tendo o almoço, esperou a vítima sair da casa e foi até o local, executando-a em frente ao imóvel da família. Esta vítima era de Serra Dourada II e tinha parentes em Residencial Centro da Serra. Tratou-se de confusão referente ao tráfico da região", contou o delegado.
Já o caso do primeiro homicídio, cometido em 2018, teve uma dinâmica diferente. "Os suspeitos atraíram a vítima, que traficava também no Residencial Centro da Serra, até um ponto. Quando a vítima chegou lá, esse suspeito preso na segunda-feira (04), bem como o preso em 2019, chegaram com o carro e executaram a vítima em cima da bicicleta, sem que ela sequer conseguisse descer. Foi utilizada uma arma calibre 9 mm", descreveu.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, tem sido comum a apreensão de armas customizadas. "Ultimamente a gente tem apreendido armas artesanais, como ocorreu desta vez. Ocorre que o poder de fogo delas é como o das armas industriais normais. Estamos trabalhando muito com a Desarme para identificar esses armeiros, que produzem armas para o tráfico de drogas. Já foram presos vários, mas sempre existem os que insistem em produzir e vender para o tráfico. Elas costumam seguir um padrão, algumas são douradas ou prateadas. Nesta segunda (04) encontramos esta adesivada, calibre 380", finalizou.
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