Foi preso na manhã desta quinta-feira (4), Caio da Silva Estevão Batista, 26 anos, no bairro Jaburu, em Vitória. Ele era procurado por envolvimento na morte de Daniel Ribeiro Campos da Silva, assassinado após ser baleado em um quarto de hospital em Gurigica, onde estava internado.
O caso aconteceu na madrugada em 25 de junho de 2023, um dia marcado por um intenso tiroteio na Avenida Leitão da Silva, que durou mais de uma hora.
Além disso, conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, Caio é apontado com uma das lideranças do bairro Jaburu.
Nesta quinta-feira, durante a ação da Polícia Militar na região, criminosos atiraram contra os agentes de segurança durante uma tentativa de fuga. Ninguém ficou ferido e somente Caio foi preso.
O suspeito foi levado à Delegacia Regional de Vitória e ainda vai ser ouvido pelo delegado de plantão.
A reportagem procurou as polícias Militar e Civil e aguarda retorno.
Em março deste ano, a Polícia Civil, por meio Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, apresentou a conclusão do inquérito policial. Ao todo, foram indiciadas nove pessoas, sendo sete maiores de idade e dois adolescentes. Com a prisão de Caio da Silva Estevão Batista, subiu para quatro dos maiores de idade presos. Três seguem foragidos. À época da divulgação da conclusão do inquérito, a polícia havia pedido a apreensão dos menores.
As investigações levaram até o autor do disparo que atingiu o paciente. Foi da arma de Guilherme de Oliveira Florentino, vulgo Gui Capeta, de 22 anos, preso em Aracruz, que saiu o tiro. Segundo a polícia, ele não é só o responsável pelo disparo como, também, por ordenar os ataques na data do tiroteio.
Os presos são:
Os foragidos são:
Minutos antes da madrugada de tiros e incêndios, o jovem de 16 anos, Carlos Eduardo Cabral de Oliveira, foi morto após ser espancado. A morte do jovem, que teve o corpo encontrado na escadaria de Gurigica, incentivou todas as ocorrências daquela noite de terror, conforme a Polícia Civil.
O assassinato ainda é investigado. "Investigação do adolescente morto tem duas linhas: uma que teria sido os traficantes e outra, mais fraca, que seria policiais militares", contou o chefe da DHPP.
O delegado Marcelo Cavalcanti explica que não está excluída a possibilidade que o próprio Guilherme - que ordenou os ataques da madrugada - seja responsável pelo espancamento do adolescente.
Com a morte de Carlos Eduardo, começou uma confusão provocada pelos criminosos que tentaram queimar um carro na Avenida Leitão da Silva. Uma viatura da Polícia Militar estava no local e evitou o crime. Neste momento, os traficantes recuaram para o Morro do Jaburu e começaram a atirar contra os militares, que procuram abrigo.
Esses disparos, que começaram por volta das 23h30 do dia 24 de junho, adentrou a madrugada do dia seguinte. Por volta das 3h25, o hospital acionou a guarnição afirmando que um paciente havia sido alvejado.
O delegado explicou que, durante o tiroteio, havia três pontos de disparos no Morro do Jaburu: dois próximo ao hospital onde o paciente foi baleado e um próximo a Avenida Vitória.
Ainda durante o tiroteio, um grupo de criminosos desceu até a rua Carlos Alves (veja vídeo abaixo) e tentaram parar os veículos que passavam na Avenida Vitória. Dois deles conseguiram incendiar uma caminhonete Hilux.
Para o delegado Marcelo Cavalcanti, as investigações daquela madrugada do dia 25 de junho foram uma das mais desafiadoras nos 11 anos de trabalho com homicídios.
"Com a ajuda da polícia científica, identificamos a trajetória não só o local que o Daniel foi atingido, mas outros pontos. Nesses locais foram recolhidas cápsulas e foram identificas seis armas, e apreendemos três. Uma delas, apreendida em Aracruz, pertencia a Guilherme", explicou o delegado.
Pelos crimes, todos respondem por homicídio e associação criminosa. Os sete com mais de 18 anos também foram indiciados por corrupção. Além disso, todos os nove vão responder sete vezes, cada um, por tentativa de homicídio contra sete policiais militares.
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