A Polícia Civil prendeu Jovair Tassinari, de 42 anos, suspeito de ter assassinado sua ex-mulher, Clementina Jastrow, de 49 anos, no dia 18 de julho deste ano em Santa Teresa, na região Centro-Serrana do Estado. Ele foi preso na última sexta-feira (13), na zona rural do município, em cumprimento de mandado de prisão preventiva.
Segundo o titular da Delegacia Regional de Santa Teresa, delegado Leandro Barbosa, os policiais encontraram armas e munições na casa de Jovair durante as buscas. "Foi perguntado sobre as armas e ele mostrou, dentro de um quarto, duas espingardas calibre 36. Durante as buscas na residência, os policiais encontraram onze munições calibre 36”, disse.
O suspeito foi levado para a Delegacia Regional do município, onde foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e preso, em cumprimento do mandado em aberto. A polícia informou que o Inquérito Policial foi finalizado e entregue à Justiça, indiciando Jovair Tassinari por homicídio qualificado.
Clementina Jastrow, de 49 anos, foi assassinada com um tiro em Alto Santo Antônio, Santa Teresa, no Noroeste do Espírito Santo. Uma testemunha relatou à Polícia Militar que estava com a mulher no quintal de uma residência quando, repentinamente, o ex-marido da vítima chegou armado e efetuou um disparo contra ela. A Polícia Civil afirmou que o caso era tratado como feminicídio e a investigação estava em andamento na delegacia do município.
Na ocasião, fontes da polícia confirmaram para a reportagem que o ex-companheiro da vítima, identificado como Jovair Tassinari, 42 anos, era considerado suspeito do crime. Segundo o relato da testemunha, a mulher ainda tentou correr, mas caiu e veio a óbito. Segundo a Polícia Militar, o atual marido da vítima é o irmão do autor do fato, Olair Tassinari. À PM, ele disse que seu irmão tem uma filha de 18 anos com a vítima e que a mulher havia entrado na Justiça para receber pensão alimentícia, que estava em atraso, e que há poucos dias havia ganho a ação.
Um dia após o assassinato, Jovair se apresentou à delegacia do município, mas acabou sendo liberado. Segundo a Polícia Civil, ele confessou o crime, mas por não estar em situação de flagrante, não ficou preso.
Ainda se recuperando da dor de perder a esposa, o pedreiro Olair Tassinari disse, em entrevista à reportagem, que não se conforma com a maneira que Clementina Jastrow foi morta. Ele relatou que o casal morava na sede do município, mas que estava na casa da mãe, onde o crime ocorreu. Ele relatou que o suspeito também morava na região.
Muito emocionado, Olair lembrou que estava casado com Clementina havia seis anos. Ele contou que começou a se relacionar com a mulher muito tempo depois dela terminar o casamento com o irmão dele.
A vítima e o suspeito tiveram uma filha enquanto estavam juntos e, segundo Olair, teria sido uma pensão para a jovem de 18 anos o motivo da morte de Clementina. O marido da vítima disse que a mulher havia entrado na Justiça para receber pensão alimentícia, que estava em atraso, e que ela havia ganhado a ação no valor de R$ 8 mil. “Infelizmente ele preferiu tirar a vida da minha esposa do que pagar esse valor, que ele não aceitava”, disse o pedreiro.
Olair disse que em função de desavenças, como a briga devido à pensão, a esposa e Jovair não se falavam, mas ele mantinha uma relação cordial com o irmão e os dois conversavam normalmente. “Ele arrancou um pedaço de mim, perdi meu amor e meu irmão”, desabafou o pedreiro. Ele disse que espera que a justiça seja feita e que o irmão fique preso.
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