A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra concluiu o inquérito que investigava a morte de Cosme de Jesus Souto, de 32 anos, ocorrida no dia 20 de dezembro de 2020 no bairro Cantinho do Céu. Na ocasião, a vítima foi abordada por criminosos no carro quando retornava para casa e foi morto na frente da esposa e dos dois filhos.
Dos oito envolvidos no latrocínio, quando a vítima é morta após ser assaltada, sete já foram presos. Entre os detidos, está Bruno de Oliveira, o Juninho Capeta, de 23 anos. De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, que coordenou as investigações, o jovem era o alvo prioritário da DHPP da Serra na região da Favelinha, que fica no bairro Central Carapina. Ele, aliás, é rosto já conhecido da polícia e acumula prisões.
"Ele era foragido do sistema penitenciário, participou do homicídio e da dupla tentativa do dia 31 de janeiro, e também participou deste latrocínio no dia 20 de dezembro. Quando adolescente, ele praticou oito homicídios, já foi preso por roubo quando maior de idade, mas obteve o benefício da 'saidinha', não retornou ao presídio e cometeu um homicídio e ainda latrocínio neste período", detalhou Sandi Mori.
O delegado contou que a vítima da gangue liderada por Juninho Capeta foi assassinada porque os criminosos souberam que Cosme guardava duas armas na residência onde morava há cerca de três meses na Serra. O homem de 32 anos deixou Barra de São Francisco, no Norte do Estado, onde tinha envolvimento com o tráfico de drogas, e veio morar com a família na Grande Vitória.
"No dia do crime, a vítima havia ido comprar vinho e, quando voltava, eles abordaram o veículo, o retiraram do carro mediante o uso de arma de fogo, depois arrastaram pela rua e o agrediram até chegar à residência. Na casa, um dos indivíduos localizaram duas armas de fogo da vítima sobre o telhado. Na sequência, eles o puxaram novamente para frente de casa. Cosme, percebendo que seria morto, tentou pegar a arma, mas um dos criminosos efetuou um disparo com a arma que estava encostada no peito da vítima. Ele foi a óbito em frente à esposa e dos dois filhos, que se ajoelharam e pediram que o pai não fosse morto", explicou o titular da DHPP da Serra, que salientou que o objetivo dos criminosos eram roubar as armas.
A forma cruel com que Cosme foi morto é a maneira com que a gangue de Juninho Capeta agia. Segundo Sandi Mori, os criminosos usam de muita violência para intimidar moradores das áreas onde atuam para evitar que passem informações à polícia. No fim de janeiro deste ano, o grupo abriu fogo contra cerca de 50 pessoas que estavam em um bar na "Região da Vala". Foi neste caso que uma mãe ficou paraplégica ao ser atingida ao tentar proteger a filha.
Ainda segundo o delegado, em um período de três meses, 10 indivíduos da mesma gangue da Região da Favelinha, que fica em Central Carapina, já foram presos pela DHPP Serra, o que significa a desarticulação por completo de uma das gangues mais violentas que atuam no município.
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