Cerca de 530 sacas de café, totalizando 32 toneladas do grão, foram recuperadas na cidade Varginha, em Minas Gerais, após a carga ter saído de Linhares, no Norte do Espírito Santo. O produto é avaliado em R$ 500 mil. A operação ocorreu no último sábado (9) e foi realizada pela Polícia Civil dos dois estados e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A carga havia saído da origem em 22 de junho deste ano, com destino à cidade de Piumhi (MG). De acordo com as investigações, o crime teve início ainda na cidade capixaba, onde um motorista de 57 anos pegou a carga com documento adulterado. No dia seguinte, ele chegou a um posto de gasolina no município de Nova Era (MG), no qual foi roubado e colocado em cárcere privado.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o condutor alegou que os criminosos o colocaram dentro de um carro e ficaram rodando com ele durante dez horas. Ele foi liberado no dia seguinte, por volta das 15h, na cidade de Betim (MG). Ele disse que rapidamente registrou um boletim referente ao roubo. Após as buscas, o caminhão foi localizado, mas os criminosos tinham conseguido roubar o semirreboque e o celular da vítima.
Após ter ciência do fato, a equipe da Delegacia de Crimes Contra o Transporte de Cargas (DCCTC) da Polícia Civil do Espírito Santo deu início a um trabalho de inteligência. Por meio de imagens de videomonitoramento, os policiais conseguiram identificar para onde a carga havia sido levada.
“Conseguimos achar a carga roubada na cidade de Varginha, em Minas Gerais, onde ela chegou no dia 27 de junho. Conseguimos ver que a carga tinha sido descarregada no armazém de uma empresa”, informou o titular da delegacia, Brenno Andrade.
“Logo após, procuramos a delegacia, que forneceu apoio e fomos até o galpão onde a carga supostamente estaria. O galpão estava trancado e, por isso, a Polícia Civil de Minas Gerais pediu mandado de busca e apreensão, que foi deferido. Depois, retornamos ao galpão e localizados a carga”, acrescentou o delegado.
O proprietário da empresa, de 54 anos, confirmou que tinha recebido a carga e que estava fazendo um serviço para um amigo, para ensacar o café. Logo após, o amigo dele, um corretor de café, de 59 anos, informou que havia vendido a carga para uma empresa que comercializa o grão.
Inicialmente, o representante da empresa não deixou a carga ser retirada do local porque, segundo ele, teria comprado de forma lícita e apresentou a nota fiscal do produto, com um valor R$ 90 mil abaixo do preço original. No entanto, as sacas foram apreendidas até a determinação judicial.
Ainda de acordo com informações divulgadas pela corporação capixaba, o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais optou por não autuar os suspeitos pelo crime de receptação. O caso segue sob investigação, e o motorista do caminhão é investigado por ter dado uma falsa comunicação de crime.
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