As investigações de uma tentativa de latrocínio levaram a polícia a descobrir uma trama para assassinar um empresário, de 35 anos. O crime aconteceu em 28 de novembro de 2023, no bairro Porto Canoa, na Serra, e os detalhes da ocorrência foram divulgados pela Polícia Civil nesta quarta-feira (10). No dia do crime, a vítima levou um tiro na mão.
Sete envolvidos foram identificados, dos quais seis estão presos e um encontra-se foragido. São eles:
O titular da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), delegado Gianno Trindade, explicou que no dia 28 de novembro do ano passado, chegou para a equipe uma tentativa de latrocínio de um empresário que negocia eletrônicos pela internet.
Durante o curso das investigações, os policiais se surpreenderam ao descobrir que, na verdade, o crime havia sido arquitetado. Os policiais estranharam como a tentativa de latrocínio ocorreu a partir de imagens de segurança (veja vídeo acima) que flagraram toda ação.
Na imagem, uma mulher, que é uma pessoa em situação de rua, aparece ao lado de Guilherme Augusto Bolonha. Ela foi chamada pelos criminosos para se passar por um casal e chegar perto da vítima sem despertar desconfiança.
A polícia descobriu então que o empresário tinha um desafeto, identificado como Lucas Perovano Garcia. Eles haviam se desentendido após a vítima vender uma motocicleta com dívidas e multas para o suspeito.
Revoltado, Lucas chamou Rodrigo de Jesus Silva para arquitetar o crime. Os dois contratam Walace Faustino Lisboa de Souza, que passa a ser o intermediário e formar a equipe de executores. Ele então contrata Guilherme Augusto Bolonha, que é quem marcou encontro com a vítima, Ronald dos Santos Rocha, o atirador, Harley dos Santos Barros, o motorista que levou os suspeitos e Aline da Silva Duarte, dona do carro e esposa de Harley.
Rodrigo de Jesus Silva dá a Guilherme Augusto Bolonha um chip para que ele se passasse por outra pessoa e negociasse com o empresário a compra de uma televisão e marcar um encontro.
Segundo o empresário, a arma falhou.
Os suspeitos chegaram a realizar reuniões para organizar o assassinato do empresário, onde levantaram endereços onde poderia ocorrer o crime, se existiam câmeras nos locais, endereço de familiares e determinaram que a vítima teria que morrer.
“Por isso para nós se trata de tentativa de homicídio e o Ministério Público também entendeu e todos respondem por isso”, informou o delegado Gianno Trindade.
A defesa do suspeito Rodrigo de Jesus Silva, feita pelo advogado Jhonathan Ebani, nega a participação dele no crime e informou que irá comprovar a inocência no processo judicial. "Ele contribuiu com as investigações, possui residência fixa e é empresário do município de Serra, não apresentando nenhum risco que justifique a sua prisão preventiva", afirmou.
A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa dos outros envolvidos. O espaço segue aberto para um posicionamento.
No dia 16/07, o advogado Jhonathan Ebani, encaminhou nota de defesa de Rodrigo de Jesus Silva. O texto foi atualizado.
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