A Polícia Civil vai investigar três jovens que teriam feito comentários racistas em um vídeo que circula nas redes sociais – e cuja repercussão já se tornou nacional. Nas imagens, que foram postadas e excluídas pouco tempo depois, as suspeitas utilizam pejorativamente a palavra "preto" durante uma trend (brincadeira tendência na internet). Um inquérito foi instaurado pela Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (DIPO) de Linhares, no Norte do Espírito Santo.
Na ocasião, as meninas participam de uma brincadeira parecida com o "eu nunca?", mas 'atacando' umas as outras com histórias pessoais, que envolvem relacionamentos, amizades, entre outros temas. Quando era 'atacada', a pessoa precisaria se defender. E foi nesse contexto que as supostas ofensas surgiram. Os rostos das jovens foram borrados e as vozes distorcidas porque a polícia ainda vai iniciar a investigação para averiguar se houve ou não crime de racismo.
Elas tecem comentários como: "Pelo menos eu não sou 'best' (termo para melhor amiga em inglês) de um desquerido que ainda é preto, e que na primeira oportunidade não me deu carona, para dar para uma feia"; "Pelo menos eu não tenho que dar satisfação para um menino preto"; Essa amizade com preto não vale nada, não".
Segundo a polícia, mais detalhes sobre o caso não serão repassados, "para que a apuração seja preservada", disse a corporação em nota enviada à reportagem.
O repórter André Afonso, da TV Gazeta, entrou em contato com familiares de uma das jovens nesta segunda-feira (8). Por telefone, disseram que só irão se pronunciar após uma reunião com o advogado. Se houver algum novo retorno, este texto será atualizado.
A Gazeta ressalta que o espaço segue aberto para as outras partes, e que tenta localizá-las.
Procurado sobre o caso, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) informou que aguarda a conclusão e o recebimento do inquérito policial referente ao caso, "para a posterior análise dos fatos e adoção das medidas cabíveis".
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