Um homem de 43 anos é apontado pela Polícia Civil como o responsável por espetar um gato com vergalhões na cidade de Linhares, no Norte do Espírito Santo. O nome e a foto do suspeito não foram divulgados pela polícia, mas o delegado responsável pela investigação afirmou que vai pedir a prisão dele.
A gente não sabe o paradeiro dele. A polícia já fez algumas incursões para encontrá-lo, mas ele não estava trabalhando e também não estava em casa. Não resta outro passo a não ser pedir a decretação da prisão dele, disse o delegado Tiago Cavalcante.
Quatro testemunhas já prestaram depoimento na Delegacia Regional de Linhares. As investigações apontam que o homem maltratou o gato porque estava incomodado com o animal. Em vídeos que começaram a circular nesta segunda-feira (23), o gato aparece agonizando dentro de uma armadilha, após ser espetado com vergalhões no quintal de uma casa do bairro Jardim Laguna.
O inquérito está bem robusto, já temos quatro declarações. Em relação ao suspeito, que todos nós recebemos (imagens) através da rede social. A verdade que se confirma é que o caminho é aquele. Existe uma suposta motivação, que os gatos estariam incomodando aquele indivíduo, mas nada justifica a crueldade que ele utilizou, disse Cavalcante.
Com o auxílio de três pessoas, o gato foi retirado do local das agressões. O animal ficou com vários ferimentos pelo corpo e na cabeça. Ele foi encaminhado para atendimento com um médico veterinário e recebeu pontos para fechar as feridas. Depois de recuperado, o gato será colocado para adoção.
Nas imagens do resgate do gato, o professor Cícero Ezequiel de Pádua aparece ajudando a retirar os vergalhões do corpo do animal. Apesar disso, algumas pessoas confundiram ele com o suposto agressor do gato. Em nota, a Polícia Civil salientou que o homem não é o autor dos maus-tratos.
Após a repercussão do caso, o professor gravou um vídeo para informar que não tinha relação com as agressões. Na manhã desta terça-feira (24), ele também esteve na Delegacia Regional de Linhares para esclarecer a situação.
"Nas redes sociais, algumas pessoas estavam afirmando que iriam me matar. Eu sou uma pessoa que ama os animais e estou torcendo para a recuperação do gatinho", disse para a reportagem da TV Gazeta.
No último dia 29 de setembro o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 1.095/2019, que aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. A legislação abrange animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo cães e gatos, que acabam sendo os animais domésticos mais comuns e as principais vítimas desse tipo de crime.
A nova lei cria um termo específico para esses animais. Agora, como define o texto, a prática de abuso e maus-tratos a animais será punida com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e a proibição de guarda.
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