O policial civil aposentado José Maria Gagno Intra, de 56 anos, foi assassinado a tiros em Balneário Ponta da Fruta, Vila Velha, na noite da última terça-feira (7). O suspeito do homicídio é o cunhado dele, identificado como Joberto Gil Cardoso, de 47 anos. Ele foi preso e confessou ter usado a arma da vítima para cometer o crime.
Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o homicídio aconteceu na entrada de um bar. Testemunhas disseram que José chegou ao local de carro, acompanhado da mulher. Ao se aproximar do cunhado (irmão da esposa dele), que estava no estabelecimento, o policial aposentado foi atingido por vários tiros.
Ele chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Riviera da Barra, mas não resistiu, já que a maioria dos disparos atingiu o tórax do policial aposentado.
Joberto fugiu logo após os tiros. No entanto, momentos depois, ele foi visto caminhando na Rodovia ES 060, perto do bairro Interlagos, e acabou capturado.
Para os policiais, o suspeito confessou ter atirado no aposentado e disse que, para isso, usou a arma da própria vítima. O cunhado foi levado para a Delegacia Regional de Vila Velha.
Em nota, a Polícia Civil disse que Joberto foi "autuado em flagrante por homicídio qualificado e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). O caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e detalhes da investigação não serão divulgados, no momento".
Outro ponto que chamou a atenção é que no bolso de Joberto havia uma autorização de saída temporária do sistema prisional datada daquele mesmo dia. O fato foi confirmado à reportagem de A Gazeta pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Segundo a pasta, o criminoso estava preso desde junho de 2019 por estupro de vulnerável.
Ele também já passou pela cadeia entre 2013 e 2019, pelos crimes de furto, tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo.
Na Delegacia Regional de Vila Velha, familiares de José Maria protestaram. Eles acusaram a atual esposa do policial de ter participação no caso, junto com o irmão, que foi preso. Apesar disso, a Polícia Civil informou que a mulher foi "conduzida na condição de testemunha. O caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e detalhes da investigação não serão divulgados, no momento".
Na tarde desta quarta-feira (8), a corporação disse que a mulher prestou depoimento e foi liberada.
"Vamos pedir para ter diligências, pedir o laudo de exames cadavérico e toxicológico. Vamos acompanhar as investigações de perto", disse o advogado Leonardo Gagno, que está assessorando a família do policial aposentado. A reportagem de A Gazeta não conseguiu contato com a esposa de José, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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