Depois de ficar 148 dias afastado por problemas de saúde, o policial Clemilson Silva de Freitas passou por uma avaliação médica nesta quarta-feira (24). Feita por uma equipe da própria Polícia Militar do Espírito Santo, a consulta teve como objetivo constatar se ele já está em condições de voltar ao trabalho.
Conforme consta no Portal de Transparência do Estado, a licença dele teve início no dia 28 de janeiro deste ano exatamente cinco dias depois dele ter agredido e apontado a arma para o frentista Joelcio Rodrigues dos Santos, em um posto de combustível localizado na Rodovia do Sol, em Vila Velha.
Procurada por A Gazeta, a assessoria da Polícia Militar não revelou por qual motivo o sargento precisou se afastar e nem se passou por tratamento nos últimos meses. A Corporação ainda não informou o parecer da junta médica, nem se Clemilson já voltou ao trabalho, mas no Portal da Transparência não consta uma nova licença.
Atualmente, ele responde a um processo administrativo disciplinar na Corregedoria da PM. Caso seja liberado, ele retorna à unidade e fica à disposição do comandante imediato; exercendo atividades administrativas até a conclusão do procedimento. Somente no final deste será definida uma possível punição, explicou em nota.
Apesar da câmera de segurança do posto ter flagrado as agressões de Clemilson Silva de Freitas, ele segue sem qualquer tipo de punição há mais de cinco meses. Por enquanto, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) apenas acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPES).
A primeira audiência do caso está marcada para o dia 24 de novembro deste ano dez meses depois do episódio. O terceiro sargento da PM responderá por três crimes: lesão leve, injúria real e ameaça. Todos passíveis de detenção. Clemilson também foi alvo de um inquérito policial, que deu início a todo o processo.
Na manhã do dia 23 de janeiro deste ano, o frentista Joelcio Rodrigues dos Santos chegou para trabalhar no posto de combustível localizado da Praia de Itaparica e foi surpreendido pela presença do policial que teria voltado ao estabelecimento para tirar satisfações por causa de um atendimento prestado na noite anterior.
Segundo a vítima, o sargento começou a xingar e a fazer ameaças depois do frentista pedir para que ele e a mulher descessem da moto para abastecer. Ato que é de praxe do local e que consta como medida de segurança nas bombas de combustível. No outro dia, assim que bati o ponto, ele veio atrás e começou a me bater, lembrou Joelcio.
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