Um policial penal, de 39 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (21) quando chegava para trabalhar no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Ele é investigado pelos crimes de estelionato, furto de arma de fogo, comércio ilegal de arma e peculato, quando o funcionário público se aproveita do cargo para cometer crimes. O suspeito tinha um mandado de prisão em aberto. e não teve o nome divulgado.
As investigações começaram quando a arma do policial penal foi encontrada com traficantes, porém não havia o registro do desaparecimento dela. Isso ocorreu uma segunda vez, porém outra arma do agente. Em ambos casos, ele apenas informou sobre o desaparecimento das armas quando estava novamente de posse delas. A atitude do agente do servidor causou suspeitas. Os fatos ocorreram no ano passado.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o servidor estava comercializando as armas de fogo ilegalmente. Segundo os levantamentos, o policial penal vendeu, pelo menos, seis armas de fogo de forma ilegal. Na manhã desta quinta-feira (21), foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência dele.
“Nós temos conhecimento de três pistolas registradas em nome dele e adquiridas legalmente, mas que não foram encontradas na residência. Questionado, o investigado afirmou que duas das armas foram colocadas à venda, e, a terceira, segundo ele, foi extraviada. Também existe a suspeita de que ele vendeu armas de terceiros”, relatou o titular da Delegacia Regional de Colatina, delegado Leonardo Ávila.
O policial penal também teria comprado armas de colegas de trabalho sem fazer os respectivos registros delas no próprio nome. Há também a informação de que o agente teria roubado uma arma que estava dentro do carro de um colega. Outros casos de furtos cometidos contra agentes penitenciários também chegaram ao conhecimento da Polícia Civil.
“Alguns servidores do Centro de Detenção Provisória de Colatina deram falta de pertences que deixaram dentro de seus carros, que ficavam no estacionamento da unidade prisional, enquanto eles estavam em serviço. Um dos servidores relatou que sumiram cheques e outro afirmou que deu falta, por exemplo, de uma arma de fogo. Nossa investigação apontou que os itens foram furtados e o suspeito é o agente detido”, explicou o delegado.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou, por nota, que servidores da Corregedoria e Diretoria de Inteligência Prisional (DIP) acompanham o caso, juntamente com a Polícia Civil. O policial foi encaminhado à 15ª Delegacia Regional de Colatina para os trâmites legais e, posteriormente, para a Penitenciária de Segurança Média 1, no Complexo de Viana.
A pasta ressaltou no comunicado que será aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a conduta do servidor. A prisão dele não significa o fim das investigações, pois a Polícia Civil trabalha para descobrir se mais pessoas estão envolvidas.
NOTA DA SEJUS:
"A Secretaria da Justiça (Sejus) informa que servidores da Corregedoria e Diretoria de Inteligência Prisional (DIP) acompanham o caso, juntamente com a Polícia Civil. A prisão ocorreu na manhã desta quinta-feira (21), no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina. Em desfavor do servidor havia um mandado de prisão preventiva por práticas dos crimes de peculato, estelionato e comércio ilegal de arma de fogo e munições, expedido pela 3ª Vara Criminal de Colatina. Ele foi encaminhado à 15ª Delegacia Regional de Colatina para os trâmites legais e, posteriormente, para a Penitenciária de Segurança Média 1, no Complexo de Viana.
A Secretaria da Justiça ressalta que não compactua com atos ilícitos que comprometam a transparência e a boa gestão do sistema penitenciário e enfatiza que um Procedimento Administrativo Disciplinar ( PAD) será aberto para investigar a conduta do servidor".
Com informações de Alessandro Bacheti, da TV Gazeta Noroeste
Após publicação desta matéria, mais detalhes das investigações sobro o caso foram divulgados pela Polícia Civil. O texto foi atualizado.
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