Um policial penal foi preso suspeito de ameaçar e agredir a esposa na noite deste último sábado (20), no bairro Praia de Itaparica, em Vila Velha. Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, os relatos são de que o casal estava em uma festa quando a vítima decidiu ir embora após perceber que o suspeito, Rodrigo Barbosa Belém de Souza, de 41 anos, estava com sinais de embriaguez e agressivo.
A mulher de 40 anos contou aos policiais que Rodrigo teria chegado na residência momentos após ela chegar, com um forte odor de álcool, os olhos vermelhos, uma postura agressiva e com a voz alterada. A vítima disse que durante uma discussão, o suspeito teria a agredido com cintadas pelo corpo, socos no rosto e coronhadas na cabeça, utilizando a arma da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Ela afirmou ainda ter sido ameaçada de morte por ele.
A Polícia Militar foi acionada e, quando os policiais chegaram ao apartamento, foram recebidos pela mulher, que teria corrido em direção aos militares tentando se proteger do marido. Rodrigo teria saído logo atrás da mulher, com a arma na mão.
Os policiais teriam convencido o agente a deixar a arma em cima de uma mesa, mas o mesmo se negou a descer do apartamento com os militares, sendo necessário que fosse algemado e conduzido algemado até o Plantão Especializado da Mulher, em Vitória. Um corregedor da Sejus foi até o local para tomar as medidas cabíveis.
Por Rodrigo estar com sinais de embriaguez, o Batalhão de Trânsito também foi acionado para realizar o teste do bafômetro, mas o mesmo teria se recusado a ser submetido ao exame.
Por se tratar de um policial penal, a Secretaria de Estado da Justiça foi procurada e afirmou, em nota, que o caso é acompanhado pela Corregedoria da pasta. Um procedimento será instaurado para apurar a conduta do servidor.
Segundo a Sejus, Rodrigo está preso na Penitenciária de Segurança Média 1, no Complexo de Viana. A Polícia Civil informou, por nota, que o policial penal foi autuado em flagrante por lesão corporal qualificada e ameaça na forma da Lei Maria da Penha.
A Polícia Militar ressaltou que a arma do agente, uma pistola calibre .40, com 13 munições, foi recolhida.
Na manhã do último domingo (21), o suspeito passou por audiência de custódia e o juiz converteu a prisão em flagrante em preventiva para "resguardar a integridade física e psicológica da vítima", conforme descrito na decisão. O magistrado considerou que o agente possui histórico de violência doméstica e que em liberdade poderia voltar a cometer o crime, além de intimidar testemunhas e fugir.
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