Após a tensão da noite de sexta-feira (7) e da manhã deste sábado (8), marcada por confrontos entre traficantes e a Polícia Militar, que acabou em duas mortes em Vitória, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, coronel Ramalho, ressaltou a necessidade de ajuda do Ministério Público do Espírito Santo e da Justiça no combate ao tráfico no Estado.
“Precisamos do apoio, neste momento, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Precisamos de mandados de busca e apreensão e de mandados de prisão. Precisamos entrar nesse morro para retirar armas de fogo e retirar indivíduos que trazem transtorno para toda a sociedade capixaba", disse, em coletiva de imprensa realizada neste sábado.
O primeiro confronto ocorreu no Bairro da Penha, na noite de sexta-feira (7). Segundo coronel Ramalho, equipes faziam patrulhamento na região quando foram surpreendidas com disparos de arma de fogo e revidaram. Na ação, Natanaeliton da Mota, de 24 anos, foi baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Na manhã deste sábado, a Polícia Militar informou que, durante o reforço de patrulhamento na região, policiais constataram que criminosos fizeram barricadas para tentar impedir a presença deles. Houve um novo confronto, no bairro Bonfim, e um homem acabou morto, por volta das 7h30. Ainda durante o conflito, uma viatura da PM foi apedrejada.
O Bairro da Penha e adjacências é centro de confrontos entre policiais e criminosos. Na região, o tráfico é coordenado pelo Primeiro Comando de Vitória (PCV), que também está por trás de ataques a ônibus na Capital e homicídios. O secretário de segurança destacou a dificuldade de patrulhamento por conta das longas escadarias e os becos.
“É um policiamento difícil feito na canela do policial, com longas escadarias, becos, vielas. É importante verificar quem está coordenando essa massa de jovens do morro", apontou.
Fernando Moraes Pimenta, o Marujo, de 30 anos, é o número um da lista dos mais procurados do Espírito Santo. Ele tem uma extensa ficha criminal.
De acordo com a Polícia Civil, Marujo é o chefe do tráfico de drogas do Bairro da Penha e Bonfim, em Vitória. Ele responde diretamente à cúpula da liderança do Primeiro Comando de Vitória (PCV), facção que comanda a região e se estende a vários bairros – não só na Grande Vitória como no interior do Estado.
Em uma semana marcada por conflitos, em poucas horas dois novos confrontos envolvendo traficantes e policiais militares foram registrados em Vitória. As ações terminaram com duas pessoas mortas.
O primeiro confronto ocorreu no Bairro da Penha, na noite de sexta-feira (7), por volta das 22h30, quando equipes faziam patrulhamento na região e foram surpreendidas com disparos de arma de fogo e revidaram. Natanaeliton da Mota, de 24 anos, foi baleado e morreu no hospital.
De acordo com o coronel Ramalho, a vítima possuía ficha criminal e mandado de prisão em aberto. Com ele foram encontradas arma e drogas.
"Repeliram [os militares] a injusta agressão e um indivíduo, com ficha criminal, demonstrando permanência no tráfico de drogas e tentativa de homicídio, foi atingido, vindo a óbito. Com o mesmo foi encontrada uma pistola .40 e dois carregadores”, afirmou Ramalho.
A ação de patrulhamento nos bairros São Benedito, Jaburu, Gurigica e Bairro da Penha começou às 17h e acabou às 23h. Ainda assim, durante a madrugada e o início da manhã deste sábado, moradores relataram ter escutado barulho de muitos tiros nas imediações.
Em entrevista para a TV Gazeta, o secretário coronel Ramalho relembrou os conflitos dos últimos dias, e enfatizou que as forças de segurança não permitirão que o tráfico ataque sem punições.
Em um dos episódios de violência mais recentes na região, um idoso que estava internado em uma clínica acabou atingido por uma bala perdida e morreu.
No início desta semana, outros confrontos foram registrados no Bairro da Penha. Na quinta-feira (6), o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, chegou a determinar que a Polícia Militar ocupasse o bairro e só deixasse a comunidade após prender o responsável por ferir o sargento Jocelino Alves Freitas, baleado no braço após um homem efetuar disparos contra o destacamento da corporação (DPM) na localidade, na noite da última quarta-feira (5). O suspeito foi morto no dia seguinte. Segundo a polícia, ele foi executado a mando de traficantes.
“Nós tivemos um senhor morto no hospital, e nessa semana nós tivemos duas mortes protagonizadas pelo tráfico tão presente no bairro da Penha. (...) Ontem foi mais um dia. Nossa patrulha foi encurralada, disparos foram realizados e respondemos à altura. Vamos continuar respondendo. Sempre lembrando que nós estamos em desvantagens tática. Eles estão no alto do morro, atirando para baixo. Nós temos que entrar com cautela, com o treinamento que possuímos, armamentos de ponta, e vamos continuar dando a resposta para levar a segurança às comunidades", afirmou Ramalho.
O policiamento na região segue reforçado com equipes de área especializadas e apoio do Núcleo de Operações Táticas e Transporte Aéreo (NOTAer), segundo a PM.
Um paciente de 68 anos que estava internado em um hospital na Avenida Leitão da Silva, em Vitória, morreu após ser atingido por uma bala perdida durante um tiroteio registrado durante a madrugada na região de Gurigica. Daniel Ribeiro Campos da Silva estava internado havia dois anos em uma clínica de cuidados paliativos, após ter sofrido um AVC. A bala atravessou a parede e atingiu o paciente.
No início da semana, outros confrontos foram registrados no Bairro da Penha. Na quinta-feira (6), o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, chegou a determinar que a Polícia Militar ocupasse o bairro e só deixasse a comunidade após prender o responsável por ferir o sargento Jocelino Alves Freitas, baleado no braço após um homem efetuar disparos contra o destacamento da corporação (DPM) na localidade, na noite da última quarta-feira (5).
O suspeito de atirar contra o sargento foi morto a tiros na manhã de quinta-feira (6), em Gurigica. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, as primeiras apurações dão conta de que Luciano da Silva Pereira teve um surto psicótico quando atacou o Destacamento Policial Militar (DPM) da comunidade. Ainda segundo a autoridade policial, o homem foi executado por traficantes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta