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Prefeito de Ecoporanga fala de sequestro sofrido pela família no ES

Prefeito de Ecoporanga fala de sequestro sofrido pela família no ES

Dois suspeitos foram presos nesta terça-feira; segundo a polícia, outros seis estão foragidos

Publicado em 18 de junho de 2019 às 20:43

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Delegacia de Ecoporanga. (Larissa Avilez)

O prefeito de Ecoporanga, Elias Dal Col, contou ao Gazeta Online como foram os momentos de terror passados pela família na madrugada desta segunda-feira (17) na propriedade onde vive, em Córrego do Osvaldo Cruz, zona rural do município. A família dele foi sequestrada por cinco suspeitos, que levaram vários pertences das propriedades do prefeito e do seu filho. O caseiro, a mulher dele e o vaqueiro também foram sequestrados.

Durante a manhã e a tarde desta terça-feira (18), a Polícia Civil realiza perícias nas casas que foram arrombadas pelos cinco suspeitos. As propriedades ficam a cerca de dois quilômetros do Centro de Ecoporanga, Noroeste do Espírito Santo.

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"Graças a Deus eu estava em Vitória com a agenda do Governador Renato Casagrande. Meu filho me ligou por volta das 23h e falou: 'Pai, estou no Batalhão de Nova Venécia, me sequestraram, sequestraram meus filhos, minha esposa, nossos funcionários, sogra e gerente, mas graças a Deus está tudo bem'", disse.

Elias contou que perguntou ao filho como foi a ação dos bandidos, e foi informado que os suspeitos trataram ele e a família "muito bem e com educação".

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Eles zelaram pelas crianças, tiveram um capricho com a minha família. Queriam dinheiro e falaram que tinha um cofre na casa com muitas joias, munições e armas. Meu filho negou o tempo inteiro, mas eles só acreditaram quando quebraram o cofre e não encontraram nada

Elias Dal Col, prefeito de Ecoporanga
Aspas de citação

Apesar de não encontrarem joias e munições, os bandidos levaram muitos objetos — como talheres, roupas, televisão e tudo que tinha na casa.

"Tenho quatro armas registradas, eles levaram duas. Graças a Deus foram recuperadas. Eles foram bacanas, educados principalmente com as crianças. Algemaram todos. Quando minha neta de 4 anos começou a chorar, eles tiraram a algema da minha nora para ficar abraçada com minha netinha... Ficavam sempre brincando com elas", relatou.

"VAMOS 'LARGAR' VOCÊS EM UM LUGAR SEGURO"

Essa foi uma promessa dos bandidos, contou o prefeito de Ecoporanga. A todo o momento, os sequestradores falavam que iriam largar a família em um local seguro e que nada de grave aconteceria.

"Minha família foi deixada perto de Nova Venécia a uns 800 metros dentro de uma lavoura de café. Eles levaram uma Hilux minha, um carro do meu filho e tantas outras coisas... Levaram tudo. Calculo um prejuízo total de, mais ou menos, R$ 250 mil", detalhou. Ele disse, ainda, que acredita que se trate de um caso isolado, sem relação com rixas políticas.

DINÂMICA DO CRIME

De acordo com o filho do prefeito, que não quis se identificar, ele tinha saído da casa por volta das 18h30 para apagar as luzes externas da propriedade e, quando voltou, os bandidos já entraram com ele rendendo a família, que estava jantando no momento. Como os criminosos deixaram o carro a cerca de 1 km e entraram a pé pelo curral da propriedade, não foi possível avistá-los.

Após render os cinco parentes do prefeito, os bandidos reviraram a casa inteira, levaram dinheiro, talheres, roupa das crianças, televisão, duas caminhonetes da família e, depois de invadir a casa do filho, foram para a casa do prefeito — que fica logo ao lado. Os bandidos entraram na residência após arrombar uma porta de madeira que fica no fundo e dá acesso à cozinha, depois de tentarem quebrar a entrada principal e não conseguirem.

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Ainda segundo informações do filho de Elias, dois dos bandidos tinham sotaque da Bahia, um não falou nada durante o sequestro e outros dois não tinham sotaque algum. Ele disse que não faz ideia de quem pode ter feito isso. Todos os bandidos estavam encapuzados. Eles chegaram a entrar, ainda, na casa do vaqueiro, mas não levaram nada.

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Após serem largados no cafezal, três horas depois do início do sequestro, por volta das 21h20, o filho do prefeito foi andando até a rodovia e conseguiu a ajuda de um taxista, que o deixou na faculdade de Nova Venécia. De lá, o filho de Elias teve a ajuda de um amigo para resgatar o restante da família que o aguardava no cafezal.

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