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Premeditado: jovem desenhou plano de invadir escola em Vila Velha

Premeditado: jovem desenhou plano de invadir escola em Vila Velha

À polícia, o garoto de 17 anos contou que planejou o ataque e tinha como alvo uma professora da Unidade Municipal Paulo César Vinha, da qual é ex-aluno

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 06:00

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Polícia Militar na escola Professor Paulo César Vinha, conhecida como Caic de Terra Vermelha. (Carlos Alberto Silva)

O ataque do jovem de 17 anos à escola municipal Paulo César Vinha, em Terra Vermelha, Vila Velha, foi planejado e desenhado em um caderno, de acordo com a polícia. Armado com uma faca, o ex-aluno da escola invadiu a unidade na tarde desta quarta-feira (30) e fez uma menina de 9 anos refém. Após uma hora de meia, ele se entregou à polícia e liberou a criança.

O jovem chegou à escola pouco antes das 14h e entrou pelo portão principal. Com uma faca dentro da roupa, ele subiu até o segundo andar, entrou na última sala da direita e se aproximou de uma professora, que estava sentada lendo história para um grupo de 22 crianças. Apesar de não ter uma pessoa como alvo específico, o objetivo dele, segundo a polícia, era matar uma das professoras. 

Saída das crianças da escola em Terra Vermelha. (Carlos Alberto Silva)

"Ele disse que queria pegar uma professora, por causa de uma situação antiga, de que ele foi desencorajado depois que contou que tinha o sonho de ser militar. Não era uma professora que trabalha na escola, mas alguém do passado. Mas ele ficou com essa imagem da figura da professora", contou o cabo Leopoldino, da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp).

O cabo conversou com o jovem por aproximadamente 30 minutos para negociar a liberdade da criança. Para Leopoldino, o garoto confessou ter planejado o ataque e ter desenhado tudo em um caderno.

Aspas de citação

Ele é ex-aluno, conhecia a planta da escola. Me relatou que fez um desenho no caderno, de passo a passo, de qual sala iria, de como seria tudo e que iria pegar uma professora. Porém, na hora a professora conseguiu correr e o plano dele não foi concretizado

Cabo Leopoldino
Negociador do Cimesp
Aspas de citação

Ainda, de acordo com o menino, a decisão de invadir a escola aconteceu após uma discussão com a mãe. O jovem contou que ela teria tomado o celular dele e em um ato de revolta, ele decidiu que iria até a unidade na quarta-feira. 

"Ele relata toda uma situação depressiva, de problemas psicológicos. O fato da mãe ter tomado o celular foi o estopim para ele", contou o cabo.

O jovem se entregou após 30 minutos de negociação da polícia e depois de manter a criança refém por uma hora e meia. Ele foi encaminhado para o hospital, onde passaria por diagnóstico médico. Em seguida, ele iria para a Delegacia Regional de Vila Velha para prestar depoimento.

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