A Polícia Civil concluiu uma investigação sobre um furto que aconteceu em uma joalheria de um shopping na Grande Vitória, em dezembro de 2021. Na ocasião, os criminosos furtaram peças avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão. Dois suspeitos de participação no crime estão presos e um segue foragido.
De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (28), eles fazem parte de uma quadrilha especializada em furtar joias em centros comerciais e que atua em todo o país, com o mesmo modo de operação: passando a noite no estabelecimento e entrando por uma loja vizinha da que é o alvo.
À frente do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o delegado Gabriel Monteiro disse que o inquérito policial demorou mais de seis meses para ser concluído, resultando no indiciamento de três indivíduos que tiveram as seguintes participações no furto no Espírito Santo:
Segundo o delegado, os três são de uma cidade de Goiás que "exporta" criminosos treinados para esse tipo de furto, possuindo conhecimento para romper obstáculos e interromper alarmes por meio de ferramentas específicas. Em seguida, eles fogem de ônibus para a rodoviária, onde pegam outro coletivo.
"Não sabemos o tempo que eles ficaram aqui, mas estimamos que foram cerca de uma ou duas semanas, normalmente em hotéis não credenciados. De toda a forma, a polícia possui inteligência e, por isso, só falta um ser preso. Vamos efetuar a prisão e identificar quem insistir em cometer esses crimes", afirmou o delegado Gabriel Monteiro.
Ainda de acordo com as investigações, essa organização criminosa costuma furtar peças de ouro, joias e pedras preciosas já com um receptador final garantido. "Possuímos uma dificuldade muito grande em recuperar esse tipo de material porque ele é derretido e não deixa rastros", explicou o delegado.
Na entrevista coletiva de imprensa desta manhã, Gabriel Monteiro aproveitou para pedir a ajuda de toda a população para que a Polícia Civil consiga localizar e prender o suspeito Pedro Henrique Silva Aguiar. "O anonimato é garantido no Disque-Denúncia (181)", reforçou.
Delegado-geral da corporação capixaba, José Darcy Arruda explicou que a PC pediu a prisão preventiva dos indiciados por organização criminosa a fim de mantê-los presos. "O crime de furto no país é considerado de médio potencial ofensivo e, dificilmente, os autores ficam presos", concluiu.
Conforme informações divulgadas pela corporação, os três homens apontados de envolvimento no furto na Grande Vitória têm histórico criminal em diversos estados, incluindo Maranhão, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. No entanto, a PC não detalhou as passagens de cada um.
"O Miller chegou a ser preso aqui no Espírito Santo, há dois anos, quando tentou furtar uma loja de celulares. Naquele dia, o esquema deu errado. Ele foi detido na manhã seguinte, quando os comparsas foram resgatá-lo. Os outros dois suspeitos conseguiram fugir", contou o delegado Gabriel Monteiro.
Apesar de questionada, a Polícia Civil não informou o shopping onde o furto aconteceu nem a cidade em que ele fica localizado na Grande Vitória.
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