A divisão dos bens do casal após a separação foi o motivo alegado por Elci Rodrigues Stuckim, de 48 anos, para ter assassinado a ex-mulher, Lizabeth Garcia Queiroz, de 49, em agosto do ano passado, no bairro Areinha, em Viana. A informação foi divulgada nesta terça-feira (28) pela Polícia Civil, após a conclusão do inquérito que investigou o caso.
O crime aconteceu no dia 8 de agosto de 2020. Lizabeth foi encontrada morta com marcas de tiros em um local ermo e só foi identificada pela família dez dias após o assassinato. Além de Elci, que é apontado como executor, Ney Eduardo Bazilio, de 44 anos, também foi preso.
As investigações da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher apontaram que o crime foi encomendado por Elci, que contratou Ney Eduardo para matar sua ex-mulher. Segundo a titular da DHPM, delegada Raffaela Aguiar, a investigação começou a partir da identificação da vítima pela família, já que não havia testemunhas e nem imagens de câmeras de videomonitoramento.
"Foi uma investigação extremamente complexa, porque a vítima estava sem identificação e o corpo em lugar totalmente ermo, usualmente utilizado para manobras de caminhão", disse a delegada. As prisões dos suspeitos aconteceram em operações sigilosas em julho deste ano.
Ney Eduardo foi preso no dia 29 de julho, em Santa Maria de Jetibá, no interior do Estado. Já a prisão de Elci aconteceu uma semana antes, dia 22 de julho, em Vila Velha. Nas buscas, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9 mm e munição. O suspeito de executar Lizabeth tinha autorização para posse de arma de fogo.
A Polícia Civil informou que, em depoimento, que Elci não apenas confessou o crime, mas todas as circunstâncias do assassinato, assim como a dinâmica e a motivação. Ainda segundo a PC, ele negou ser o mandante do crime, mas confessou o motivo para matar a ex-mulher: a divisão dos bens do casal, que se tornou motivo de disputa após o término do relacionamento.
Segundo a família, Lizabeth era aposentada e morava sozinha há um ano e meio em uma casa no bairro Ataíde, em Vila Velha. Um dia antes do crime, ela ligou para o filho avisando que iria para um evento da igreja no fim de semana e que só voltaria na segunda-feira.
O filho também contou que tentou contato com o celular da mãe no dia que ela disse que retornaria para casa, mas o telefone estava desligado. Como ela iria para uma área rural com dificuldade de sinal de celular, a família pensou que a mulher ainda não tinha voltado.
Depois de passarem mais dias sem nenhuma notícia, a família começou uma busca pelo paradeiro de Lizabeth até o reconhecimento do corpo no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
O inquérito policial foi concluído e os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e são réus no processo que tramita na 3ª Vara Criminal de Viana.
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), os dois estão presos no Centro de Detenção Provisória de Viana 2. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos presos.
Com informações do G1ES
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