Foi preso, nesta sexta-feira (22), o homem acusado de matar a facadas a própria companheira, em julho do ano passado, no bairro Nova Bethânia, em Viana. O corpo de Daniele de Jesus Almeida foi encontrado dentro de casa após o filho dela, de apenas 4 anos, pedir ajuda a vizinhos.
A prisão aconteceu no bairro Boa Vista, em Vila Velha. O homem de 22 anos, que não teve o nome divulgado pelas forças de segurança, foi capturado pela Polícia Civil, em conjunto com a Guarda Municipal, e levado à Delegacia Regional do município. De lá, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
À época do crime, vizinhos ouviram muitos gritos vindos da casa de Daniele, na noite de 4 de julho. Apesar disso, ninguém chamou a polícia.
No dia seguinte, por volta das 5h, o filho da vítima foi encontrado na rua e disse a um morador do bairro que a mãe estava dentro de casa, com muito sangue perto dela. O homem então acionou a polícia. Dentro da residência ainda foi encontrada uma criança de 3 anos dormindo.
Daniele, descrita por amigos e familiares como uma mulher feliz e prestativa, tinha um único sonho: montar o quarto do filho de 4 anos. Para isso, com o pouco que recebia como babá, ela juntava dinheiro.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta no ano passado, a irmã da vítima, Natiele de Jesus Souza, de 37 anos, disse que Daniele e o filho já tinham até escolhido a decoração do quarto, que seria nas cores favoritas da criança: vermelho, amarelo e azul.
Daniele não media esforços para ver o filho feliz e nunca deixou o aniversário dele passar em branco. “Nunca deixava o aniversário dele sem nada, nem que fosse um bolo. E não pedia ajuda. Quando a gente descobria que ela estava organizando a festa, já tinha tudo pronto. O último aniversário foi sobre o Flash, pois meu sobrinho ama super-herói”, relatou a irmã.
Considerada pelos familiares como uma mãe e dona de casa zelosa, Daniele tinha um outro amor: plantas. Suas prateleiras estavam sempre cheias de desenhos dos filhos e das suas plantinhas de estimação.
Além disso, sempre foi discreta na vida pessoal e nunca contou a amigos ou familiares sobre qualquer discussão que tenha tido com o companheiro. De acordo com a irmã, apenas após ser morta, é que parentes descobriram, através de vizinhos, as brigas constantes do casal.
“Minha irmã não gostava de incomodar ninguém e nem demonstrar tristeza. Por isso, acredito que ela preferiu não contar qualquer coisa que estivesse acontecendo. Acredito que ela passou uma vida triste, mas não queria nos mostrar”, contou Natiele.
Tendo somente os brinquedos que ganhou da mãe como lembrança, o menino não gosta que outras crianças cheguem perto dos objetos e os deixa guardados em uma caixa.
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