A Polícia Civil divulgou o resultado das investigações sobre um ataque que aconteceu na praça de Novo Horizonte, na Serra, em maio do ano passado. Na ocasião, George Augusto Rodrigues da Silva se passou por pessoa em situação de rua para não levantar suspeitas e atirar contra o alvo, um jovem de 18 anos, que acabou paraplégico. Outro rapaz, identificado como João Natalino Conceição Teixeira, de 19 anos, foi atingido e morreu na hora. A motivação para o crime era a disputa por território do tráfico de drogas.
Na época, testemunhas relataram que o atirador estava com roupas de gari, mas a polícia afirmou que, na verdade, ele se disfarçou usando roupas sujas e uma sacola supostamente de recolher lixo, mas que estava com uma arma dentro. George conhecia o jovem de 18 anos e queria se aproximar sem ser reconhecido. Ele disparou seis vezes, no meio da praça lotada.
"O primeiro, por erro na execução, atingiu fatalmente o João, que morreu no local, e os outros cinco tiros atingiram a vítima sobrevivente. Chama a atenção a ousadia desse indivíduo em praticar um crime no meio de uma praça com uma grande aglomeração de pessoas, colocando em risco a vida de outras pessoas, bem como a audácia dele em utilizar um disfarce de morador de rua para despistar a atenção das pessoas, dificultar a investigação e se aproximar das vítimas sem que elas percebessem", detalhou o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra.
De acordo com as investigações, George comandava dois pontos de venda de drogas e queria aumentar o território. "A investigacao da polícia concluiu que João também tinha envolvimento com o trafico de drogas na região mas não era o alvo do atirador. Ele Foi baleado e morto por engano", afirmou Sandi Mori.
O alvo era o jovem sobrevivente, baleado com cinco tiros. "A vítima sobrevivente na época do crime gerenciava o tráfico de drogas da região do 'Inferninho' no bairro Novo Horizonte, enquanto George atuava no tráfico das 'Cajazeiras' e das 'Casinhas'", disse o delegado.
A polícia prendeu George em outubro do ano passado, cinco meses após o crime, mas só divulgou nesta terça-feira (6). O criminoso, já que havia sido condenado por roubo e porte ilegal de arma de fogo, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e por uma tentativa de homicídio. "Ele confessa a motivação, porém nega que seja o autor dos disparos. Ele já é réu em ação penal e se encontra à disposição da justiça", concluiu Sandi Mori.
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