Um jovem de 20 anos foi preso em flagrante em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, com conteúdo de abuso e exploração sexual infantil nesta quarta-feira (25). No momento da prisão, a Polícia Civil identificou 32 arquivos desse tipo de material e ainda encontrou mensagens do rapaz se passando por auditor da Receita Federal. Ele já era investigado desde agosto pela corporação e foi preso durante a Operação Terabyte, coordenada pela Polícia Federal.
“Há indícios de fraude eletrônica e estelionato e vai ser apurado. No telefone encontramos um número dele com DDD 11 e dizia para vítima pagar um valor para retirar a mercadoria. Além disso, foram apreendidos 12 mil arquivos que serão analisados para verificar se contém algo criminoso”, explicou o delegado Brenno Andrade, chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
No mesmo dia, um homem de 31 anos também foi preso pela corporação. Com eles estavam quase 600 gigabytes. Assim como o conteúdo do jovem de 21 anos, o que foi apreendido será analisado para análise. Ele também foi preso na Operação Terabyte. Além dos dois mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil, a PF cumpriu um terceiro.
O morador da Serra ainda passará por investigação devido a suspeita de que também produza material. “O que possibilitou a prisão foi o vídeo no qual ele mostra que ele faz montagens com fotos íntimas de adolescentes com o nome PacIzzy, que é apelido dele.”, explicou o delegado.
De acordo com o chefe da DRCCP, outro indício de que ele tem um acervo é a pasta com o nome “Candy Shop”, citação em inglês que se refere a lojas de doces, encontrada no computador. Um denúncia feita em agosto indicou que ele teria um armazenamento com este nome.
“Ele estava muito tranquilo porque tudo tem senha e criptografia, mas a Polícia Científica vai trabalhar para que conseguir acessar. Os pais devem prestar atenção ao que os filhos estão consumindo e nunca deixar trancados dentro de quarto sozinhos com dispositivo eletrônico”, explicou o delegado Brenno Andrade.
O jovem de 20 anos negou as acusações e disse que era somente administrador de um grupo de conversas. “ e as pessoas mandavam as mensagens e quando via ia apagando, mas essa tentativa não se mostrou verossímil pelo que temos no inquérito.
“Ele tinha o que chamamos de aplicativo molde que não encontra em galeria e sim em deep web (conjunto de páginas da internet que não são identificadas pelos mecanismos de busca” e tinha cinco perfis falsos para acesso a pastas do grupo de redes sociais que ele coordenava.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta