Após ser preso, acusado de matar a camareira Genaína Gomes dos Santos no último dia 5, em Rio Branco, Cariacica, Antônio Junior Cruz da Silva, que era marido da vítima, confessou o crime e disse ter agido por ciúmes. O assassinato aconteceu durante uma discussão, dentro de casa, na frente dos quatro filhos da vítima. O criminoso não aceitava o fim do relacionamento e deu 16 facadas no pescoço da camareira.
Antônio foi preso pela Polícia Militar no início da noite de quarta-feira (10), em Guarapari, após uma denúncia anônima. Ele chegou a fugir da polícia, mas foi encontrado escondido debaixo da cama, em uma casa no bairro Patura.
"O 10° Batalhão recebeu informações de que o acusado estava pelo bairro Patura andando normalmente. Fomos ao local e o vimos na avenida principal. Ao ver a guarnição, ele correu para a casa onde estava vivendo e se escondeu debaixo da cama, com medo. Logo ao ser preso ele confessou o crime", contou o tenente Gilberto, da 3ª Companhia do 10° Batalhão da PM.
A Polícia Civil informou que representou pela prisão temporária do acusado e depois pretende convertê-la para prisão preventiva.
De acordo com a delegada Raffaela Almeida, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), a relação entre vítima e assassino era conturbada. Com uma extensa ficha criminal, que inclui tráfico, furto e roubo, Antônio Junior chegou a ficar preso por tráfico de drogas. Nesse tempo, Genaína teve outro relacionamento e engravidou.
"A relação era longa e conturbada. Quando o acusado foi solto, há cerca de dois anos e meio, os dois reataram, mas a relação nunca mais foi a mesma. Ele estava sempre desconfiado dela. Depois de muitas brigas, a vítima disse que não queria mais o relacionamento, mas ele não aceitou e a matou. Ao ser preso, ele confessou e tentou manchar a imagem da vítima, como de costume. Justificou por conta do filho que a vítima teve com outro homem. Ele era abusivo, ciumento, e não acreditava que ela não o traía. Mas nada justifica um crime desse", contou.
A delegada completou que além de ser abusivo com a vítima, com constantes agressões, a ficha criminal de Antônia mostra que ele possui uma índole voltada para a criminalidade.
Ainda segundo a delegada, na noite do crime o casal teve uma discussão, a vítima disse que não queria mais aquele relacionamento e expulsou o acusado de casa.
"Ele saiu de casa, depois retomou para a residência, eles tiveram mais uma discussão, quando ele avistou uma faca em cima do tanque da casa. Nesse momento, ele desferiu diversos golpes de faca. Foram 16 golpes no pescoço, o que mostra que ele é uma pessoa extremamente agressiva", concluiu.
O crime foi presenciado pelos filhos do casal, entre eles duas crianças de 6 e 7 anos. Uma delas relatou à reportagem de A Gazeta que viu o momento em que o pai pulou o muro, discutiu com a mãe e a esfaqueou. Vizinhos ouviram os gritos das crianças e acionaram a polícia. Quando os militares chegaram, a vítima já estava morta.
De acordo com a família, o casal vivia há mais de 10 anos juntos, mas possuía um relacionamento conturbado. Horas antes de ser assassinada, Genaína chegou a chamar a Polícia Militar após ser ameaçada pelo marido. A mãe da vítima contou que o suspeito fazia uso de drogas, bebia bastante e já tinha agredido Genaína outras vezes. A camareira insistia para que o marido saísse de casa, mas ele não aceitava o fim do casamento.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta