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Preso que fugiu de cadeia na Serra mandou matar PM

Preso que fugiu de cadeia na Serra mandou matar PM

Soldado Comper foi assassinado na frente de um supermercado em 2022. A Polícia Civil concluiu que Vinicius Florêncio mandou matar o policial por vingança

Publicado em 12 de setembro de 2023 às 14:03

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Vinicius Florencio dos Santos
Vinicius Florêncio dos Santos, um dos presos que fugiram na Serra. (Reprodução)

Entre os detentos que fugiram do Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS) na última quarta-feira (6) está Vinicius Florêncio dos Santos, acusado de ser o mandante do assassinato do soldado da Polícia Militar Fernando da Cruz Comper.

O policial foi baleado em frente a um supermercado na Serra no dia 9 de fevereiro de 2022 e teve a morte confirmada no dia 19 do mesmo mês por familiares. O soldado ficou internado em estado grave na UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.

Polícia Civil concluiu que o crime foi motivado por vingança. Em 2021, Everton dos Santos Silva, de 28 anos, foi assassinado durante uma abordagem da Polícia Militar em Central Carapina, na Serra. Na ocasião, o policial que atirou no rapaz foi preso. O homem morto era primo de Vinicius Florêncio dos Santos, o Bizim, que resolveu mandar matar o soldado Comper apenas por ele ser policial.

As investigações mostraram, no entanto, que Comper não foi o policial que atirou em Vinícius e sequer estava na ação policial naquele dia, não tendo nada a ver com a morte de Everton.

"A motivação foi uma forma de vingança relativa à morte do primo do Vinicius, que foi morto durante uma blitz da Polícia Militar no dia 28 de maio de 2021 no bairro Central Carapina. Após esse fato, o Vinicius dizia para todos que iria vingar a morte do primo, matando um policial militar", afirmou, na época do caso, o delegado Rodrigo Sandi Mori.

Vinicius foi preso quatro meses após o crime e desde então estava na cadeia até que fugiu no dia 6 de setembro. 

Entenda a fuga na Serra

Fugitivos do Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS)
Fugitivos do Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS). (Reprodução)

Sete detentos fugiram do Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS) na madrugada do dia 6 de setembro. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus)  afirmou que a fuga teria ocorrido por meio da abertura de ventilação da cela - que é voltada para o pátio externo da unidade e cercado por alambrados - e foi constatada no momento da contagem de internos da galeria.

Os fugitivos são:

  1. David Carlos Ricardo Alexander – estava preso desde 29 de março de 2021. Já esteve preso de 25 a 27 de setembro de 2019. Tem passagens por homicídio e tráfico de drogas;

  2. José Vitor Almada Pereira - estava preso desde 23 de outubro de 2022. Já teve passagens pelo sistema prisional no período de novembro de 2020 a agosto de 2021. Tem passagens por homicídio, lesão corporal e tráfico de drogas;

  3. Douglas Pereira Brum - estava preso desde 30 de setembro de 2022. Já esteve preso no período de dezembro de 2012 a março de 2020. Tem passagens por homicídio, tráfico de drogas e por furto/roubo;

  4. Jorge Nunes Alves - estava preso desde 4 de dezembro de 2022. Consta registros de entrada no sistema prisional capixaba no período de abril de 2013 a outubro de 2016. Tem passagens por tráfico de drogas, homicídio e receptação;

  5. Lucas Costa Santos - estava preso desde 20 de fevereiro de 2022. Já esteve preso no período de outubro de 2018 a 21 de setembro de 2021. Tem passagens por homicídio e tráfico de drogas;

  6. Rafael De Souza Ferreira – estava preso desde 23 de fevereiro de 2021 por homicídio;

  7. Vinicius Florêncio dos Santos – estava preso desde 5 de junho de 2022 pelo crime de homicídio contra o soldado da Polícia Militar, Fernando da Cruz Comper. Já esteve preso no período de janeiro de 2015 a agosto de 2018 por roubo/furto. 

Tentativa de fuga

No domingo (10) foi registrada uma tentativa de fuga Centro de Detenção Provisória de Serra (CDPS). Segundo a Sejus, houve tentativa de dano à estrutura de uma cela. A ocorrência foi identificada e imediatamente contida pelas equipes de segurança da unidade prisional, sem registro de feridos.

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