Preso na quarta-feira (16) em Vila Velha, Rhuan Cannygia Chenneman Batista, de 27 anos, conhecido como 'Peida Leite', tinha a missão de expandir a atuação do Primeiro Comando de Vitória (PCV) na Região Metropolitana.
Após a prisão de Fernando Moares Pimenta, o Marujo, alguns integrantes da facção adquiriram responsabilidades - no caso de "Peida leite", a administração do tráfico em bairros de Cariacica e Vila Velha. No último dia 10, André Israel Xavier Cruz, de 25 anos, vulgo "CH", foi preso em Vila Velha.
De acordo com a Polícia Civil, ele era "a voz" das lideranças do PCV e tinha atuação em bairros entre Vila Velha e Cariacica, como: Vasco da Gama, Cobi de Baixo, Cobi de Cima, Morro da Boa Vista e Sotelândia. Em alguns casos, os territórios são comandados pelo Terceiro Comando Puro (TCP), ou seja, rivais do PCV.
Rhuan Cannygia Chenneman Batista foi preso em um apartamento durante uma operação no bairro Ataíde, em Vila Velha. Ele é membro da alta hierarquia do PCV, facção criminosa atuante no Bairro da Penha e no Bonfim, regiões da capital. Rhuan fugiu da Penitenciária Semiaberta de Cariacica I em agosto de 2019 e tinha mandado de prisão em aberto por organização criminosa e tráfico de drogas.
O coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), delegado Alan Moreno de Andrade, explicou que o PCV tem a intenção de expandir ainda mais a atuação no tráfico de drogas. Rhuan Cannygia Chenneman Batista atuava nesta missão antes de ser preso. Alan Moreno de Andrade não descarta a influência de Marujo mesmo após a prisão, em março deste ano.
"Após a prisão do Fernando [Marujo], a gente percebe que ele [Rhuan] começa a assumir funções no PCV. Entre as funções, a gerência do tráfico de São Geraldo, em Cariacica, e algumas bocas de fumo de Aribiri, em Vila Velha", afirma.
Ainda segundo o delegado, o detido Rhuan Cannygia Chenneman Batista era um "elo de confiança" das lideranças da facção criminosa.
No local em que Rhuan foi preso, em Vila Velha, policiais apreenderam uma pistola e um caderno com anotações do tráfico de drogas. As informações contidas no caderno teriam saído de dentro de presídios. Ainda segundo o delegado, prisões como a de Marujo e Rhuan são relevantes para a atuação da polícia.
A prisão foi efetuada em cooperação entre equipes do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Sei), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social.
Em menos de 10 dias, 3 integrantes do PCV foram presos. No dia 8 de outubro, Felipe Dias do Espírito Santo, conhecido como "B2", de 22 anos, foi preso em André Carloni, na Serra. No último dia 10, André Israel Xavier Cruz, de 25 anos, vulgo "CH", foi preso em Vila Velha. A prisão ocorreu em um edifício de classe média no bairro Cocal.
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