Três traficantes foram presos acusados de provocar o terror e ferir inocentes na guerra do tráfico em Central Carapina, na Serra. Maxwel Silva Januário, 21 anos, Lucas Pacheco da Silva, 19, e um adolescente de 15 anos atingiram sete pessoas em 10 dias neste ano.
Investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra apontam que o trio faz parte da Gangue da Favelinha, que disputa o controle do tráfico de drogas com a Gangue da Vala.
Para atacar os rivais, Maxwel, Lucas e o adolescente roubam veículos na região da Favelinha e seguem para a área dos inimigos. Um desses ataques foi promovido no dia 20 de julho no cruzamento da rua Projetada com a rua Belo Horizonte, em Central Carapina.
Quando um grupo de 50 pessoas organizava a decoração de uma festa julina, o trio passou em um Celta de cor branca e disparou contra dois membros da Gangue da Vala que estavam no local. Durante o tiroteio, eles feriram uma mulher de 23 anos, a filha dela, de 5 anos, e dois criminosos da gangue rival, de 16 e 18 anos.
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Oito dias depois, a Favelinha promoveu novo ataque. A bordo de um Renault Logan roubado, eles foram a um bar localizado na área da Vala com a intenção de abordar membros do bando rival. Ao saírem do estabelecimento, se depararam com um dos alvos procurados.
Eles abordaram um homem do movimento do tráfico que estava com uma criança. Esse indivíduo se desvencilhou, tentou correr e acabou atingido com um tiro de raspão na cabeça. Os disparos também atingiram um idoso de 74 anos e um adolescente que voltava da igreja com a família, disse o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP.
Em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, o trio foi preso na manhã da última sexta-feira (9) na região da Favelinha. De acordo com o delegado, eles serão indiciados por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe.
BAIRRO JÁ FOI O MAIS VIOLENTO
Nos últimos três anos, Central Carapina é o bairro que apresentou o maior índice de redução de assassinatos na Serra. De acordo com a Polícia Civil, em 2017 foram 21 mortes contra cinco casos em 2018. Uma redução de 76,19%. De janeiro até esta quarta-feira (13) foram três homicídios.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Serra, três grupos que atuavam no bairro foram desarticulados. Com isso, traficantes de outros bairros migraram para a região.
Em 2017, Central Carapina foi o bairro onde mais matou no Estado: foram 21 mortes. Nós elucidamos os 21 casos, prendemos 46 homicidas e desestruturamos as gangues. Ações criminosas não serão toleradas e vamos agir para continuar dando respostas rápidas, afirma o delegado.
ADOLESCENTE CONFESSA MORTE DE MULHER
Apreendido por integrar a Gangue da Favelinha, em Central Carapina, na Serra, o adolescente de 15 anos confessou ter assassinado uma mulher em outubro do ano passado. Ele revelou o crime ao delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP da Serra.
Ele disse que a vítima era namorada de um amigo dele, que fazia parte da Favelinha. No entanto, descobriram que ela também tinha um relacionamento com um traficante da gangue rival. Por isso, a matou. Na guerra do tráfico, esses indivíduos não se preocupam com que vão atingir, explicou.
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