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Professor é preso em MG suspeito de estupros em escola de Aracruz

Professor é preso em MG suspeito de estupros em escola de Aracruz

Suspeito de 54 anos foi localizado na empresa de um irmão dele, na segunda-feira (24), em Belo Horizonte; crimes teriam ocorrido em 2022 na cidade capixaba

Publicado em 25 de março de 2025 às 12:04

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Um professor de 54 anos foi preso na segunda-feira (24), no bairro Padre Eustáquio, em Belo HorizonteMinas Gerais, suspeito de estupro de vulnerável em uma escola de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, em setembro de 2022. Ele estava foragido e foi localizado trabalhando na empresa do irmão. O nome do homem e outros detalhes, como o bairro e a instituição de ensino onde ocorreu o crime, não foram divulgados para preservar as vítimas, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).

A Polícia Civil informou que as vítimas tinham entre nove e 10 anos, A delegada Amanda Barbosa, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Aracruz, contou detalhes sobre a investigação. 

“Duas das mães de vítimas nos procuraram para registrar boletim de ocorrência, e, nessa ocasião, já reportaram a existência de uma terceira vítima. Então, ouvimos essas duas vítimas por meio da escuta especializada e, conforme o inquérito avançava, outras vítimas surgiram. Fizemos a busca ativa e realizamos a escuta especializada de mais três vítimas, totalizando cinco,” disse a delegada.

A delegada Amanda Barbosa explicou que o crime de estupro de vulnerável não se limita à conjunção carnal. "A prática de atos libidinosos, como beijo forçado, toques nos seios, nádegas, vagina e pênis, também configura o crime. Acredito que o número de vítimas seja ainda maior, mas, pela vergonha de relatar o ocorrido, muitas acabam não denunciando. No caso investigado, três vítimas confirmaram esses toques, o que caracterizou o crime de estupro de vulnerável. Cada vítima representa um crime, por isso ele foi indiciado por três casos de estupro de vulnerável”, explicou.

Amanda Barbosa acrescentou que, em relação às outras duas vítimas, sugeriu ao Ministério Público do Espírito Santo que, durante a fase processual, fosse promovido o depoimento especial. “Isso dará uma nova oportunidade para que essas vítimas narrem o que aconteceu e para identificar se também sofreram o crime de estupro de vulnerável,” disse.

A delegada destacou ainda que, pelo fato de o suspeito ser professor e as vítimas, seus alunos, em condição hierárquica inferior, além de serem menores de idade, trata-se de um aspecto que chamou de "grave" e que deve pesar na responsabilização do indiciado.

Detalhes da prisão

O delegado Diego Lopes, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte, falou à Rede Gazeta sobre a prisão do suspeito.

“Os colegas da Polícia Civil do Espírito Santo contataram o grupo integrado de polícias em Minas Gerais. Esse grupo conseguiu identificar o paradeiro do alvo do Espírito Santo, que estava no bairro Padre Eustáquio, na capital mineira. Eles nos contataram ontem, e montamos a operação, que contou com dois delegados, seis investigadores de polícia e duas viaturas. Fomos ao local indicado e encontramos o suspeito, que trabalhava em uma empresa do irmão”, disse o delegado.

“Aqui em BH, ele estava trabalhando com o irmão na empresa, contudo, ainda possui vínculo empregatício como professor na Prefeitura de Aracruz. Isso foi informado por ele no momento da prisão”, acrescentou.

“Em BH, ele foi encaminhado a uma penitenciária destinada a pessoas que cometeram crimes contra a dignidade sexual, localizada em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. Ele ficará à disposição do Poder Judiciário, que decidirá se será transferido para o Espírito Santo ou se, a pedido dele, poderá permanecer em Minas Gerais. Isso caberá ao Judiciário definir”, concluiu.

"Essa conduta era praticada nesse ambiente escolar. As crianças, as vítimas, reportaram essa situação à diretora, que comunicou os responsáveis, levou o caso ao conhecimento da Secretaria de Educação para que medidas fossem adotadas, não apenas na esfera criminal, mas também administrativas", disse.

A delegada disse ainda que, em um primeiro momento, o professor sinalizou que iria cooperar com a investigação. No entanto, após a denúncia ser oferecida pelo Ministério Público, a Justiça tentou ouvi-lo, mas não conseguiu localizá-lo. Diante disso, o órgão solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido aceito, e ele passou a ser considerado foragido, já que a polícia não conseguia encontrá-lo. Ele só foi preso na segunda-feira (25), após levantamentos de inteligência indicarem que estava em Belo Horizonte.

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