O inquérito que investiga o caso de um cachorro que foi morto a tiros em São Mateus, Região Norte do Estado, no dia 22 de agosto, acabou de ser concluído e o suspeito do crime, o professor universitário Wellington Gonçalves, foi indiciado pela Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito será encaminhado nesta terça-feira (10) ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com o indiciamento de Wellington por maus-tratos e dano.
O crime foi flagrado por câmeras de videomonitoramento (veja vídeo acima). As imagens mostram o animal andando por uma rua do bairro Lago dos Cisnes quando chega um carro branco, que começa a persegui-lo. Alguns momentos depois, o cachorro é atingido por um disparo de arma de fogo e cai no meio da rua. O veículo segue pela via e desaparece.
Outro vídeo mostra a mobilização dos moradores para salvar o animal. Eles cobrem o cachorro e aplicam uma injeção com analgésico e tranquilizante. Ele passou a noite na casa de uma moradora, mas não resistiu e morreu horas depois.
INVESTIGAÇÕES
O suspeito prestou depoimento na Delegacia Regional de São Mateus no dia 29 de agosto. Ele não confessou o crime e foi liberado após ser ouvido. Isso porque o crime de maus-tratos a animais é encaminhado ao setor de pequenas causas e não prevê detenção.
Depois, foi feita uma busca e apreensão na casa do professor. No local, foram vistos muitos alvos de tiros de chumbinho, mas a arma usada para atirar no cachorro não foi encontrada.
CPI DOS MAUS-TRATOS A ANIMAIS
Wellington foi convocado para participar de uma reunião extraordinária da CPI dos Maus-Tratos a Animais, que vai acontecer nesta quinta-feira (12), às 14 horas, na Câmara Municipal de São Mateus. Além do professor, também foram chamadas sua esposa, uma testemunha e a tutora do cachorro.
NOTA DA UNIVERSIDADE
Wellington é professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no campus de São Mateus. Em nota, a direção do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, uma vez que a ação, realizada fora da universidade, não possui nenhuma relação com as atribuições do cargo ocupado pelo servidor, nem com a instituição.
O suspeito foi procurado pela reportagem em telefones do Ceunes, mas ele não foi localizado.
PROFESSOR NEGA ACUSAÇÃO
Nesta quinta-feira (12), o professor universitário negou ter matado o cachorro a tiros. A fala foi feita durante a sessão da CPI dos Maus-Tratos Aos Animais.
Ele alegou que no dia e horário do crime foi buscar sua filha na escola a pé e que não tinha certeza se o carro que aparece nas imagens pertencia a ele. O animal andava pela rua quando foi atingido por um disparo de arma de fogo desferido de dentro de um automóvel igual ao do acusado.
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