A Polícia Civil do Espírito Santo publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (27) o afastamento dos investigadores Mitri Guedes Paranhos e Luciana Maria de Souza, que se envolveram em uma discussão com um funcionário dos Correios na Reta da Penha. A medida já havia sido anunciada na terça-feira (26) pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, em entrevista à TV Gazeta.
A instrução de serviço que determina o afastamento foi assinada pelo próprio delegado-geral. Segundo consta na publicação, eles foram afastados para garantir que os envolvidos não tenham interferência na "elucidação de fatos havidos como transgressão que lhe sejam imputados", para "manter a hierarquia e a disciplina' e para garantir a " paz pública e a credibilidade da sociedade civil na Instituição Policial Civil. Os dois, mesmo afastados, continuam recebendo salário.
A confusão aconteceu em meio a uma manifestação realizada pelos próprios policiais, na Reta da Penha. Em um vídeo (veja abaixo), que viralizou nas redes sociais, os policiais (um homem e uma mulher) aparecem gritando com o funcionário dos Correios, que está em uma moto. Em um momento, a policial civil percebe que está sendo filmada e vai para cima de um motoboy que filma toda a situação.
A Corregedoria da Polícia Civil abriu um procedimento para apurar a conduta dos policiais. Em nota, a Associação dos Investigadores de Polícia do Espírito Santo e o Sindicato dos Investigadores do Estado repudiaram a decisão da Polícia, chamando o afastamento de açodado, precipitado e contrário aos "preceitos legais e constitucionais por parte da Chefia de Polícia Civil". As entidades afirmam que o funcionário dos Correios, que estava em uma moto, teria quase atropelado uma policial que participava da manifestação.
Para as entidades, a chefia de polícia agiu de forma parcial e desconsiderou provas testemunhais ao determinar o afastamento imediado dos policiais.
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