A organização criminosa que estava agindo no estacionamento do Aeroporto de Vitória atua em diversos aeroportos do Brasil, e, de abril para cá, furtou sete veículos do modelo Toyota Hilux somente na capital capixaba.
A Polícia Civil concedeu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14) e deu mais detalhes sobre como esses criminosos agiam e como conseguiram furtar os carros de luxo, avaliados entre R$ 200 mil a R$ 400 mil.
Na última sexta-feira (11), quatro integrantes dessa quadrilha foram presos em Vila Velha e na Serra, no Espírito Santo, e um em Minas Gerais, durante a Operação Alto Luxo.
O titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes, explicou que o foco desses criminosos eram as Hilux por conta de um equipamento específico onde é possível destravar o carro.
Após o furto, eles vendem os veículos para países da América do Sul e Brasil. Para outros países, os criminosos comercializam as Hilux com modelo com Start-Stop - um botão no veículo que desliga o veículo no momento de uma parada momentânea, como engarrafamentos ou farol vermelho, dando a partida quando o movimento precisa ser retomado de forma automática.
Os veículos que ligam através da chave comum, eles adulteram e comercializam no mercado interno.
No aeroporto de Vitória, eles agiam da seguinte maneira: os criminosos entravam em um veículo, que funcionava como uma cobertura, iam até o estacionamento, e depois até a Hilux, onde destravavam o carro de luxo e, em seguida, saíam com os dois veículos.
“Por que especificamente o aeroporto? É pela facilidade. Às vezes a pessoa vai viajar, deixa o veículo estacionado no aeroporto de Vitória e somente depois de 10 a 15 dias retorna. E nesse tempo o veículo já foi transportado para outro país ou já estão adulterados para comercialização no mercado interno”, comentou o titular da DFRV.
Além das sete Hilux furtadas no aeroporto da Capital, essa organização já levou ao menos 22 veículos no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, um em Belo Horizonte e outros nos Estados de São Paulo e Paraná.
Os quatro detidos foram autuados por associação criminosa, furto qualificado mediante composto de pessoas e mediante fraude.
As investigações continuam para chegar aos demais integrantes da organização criminosa.
De acordo com o delegado Luiz Gustavo Ximenes, houve reuniões com a Zurich Airport, operadora que administra o terminal da Capital, onde ficou decidido pela prevenção desses roubos, por meio das travas nas rodas dos veículos deste tipo.
O colunista de A Gazeta, Leonel Ximenes, já havia adiantado que os crimes vinham ocorrendo e que desde 1º de agosto a administração do aeroporto está colocando as travas de segurança.
O dispositivo é instalado à revelia do dono do veículo. Um adesivo é afixado na picape informando ao proprietário como ele deve proceder para destravar a trava antifurto, trabalho sob a responsabilidade da direção do estacionamento do Aeroporto de Vitória. "A trava é emborrachada e não causa nenhum dano ao veículo", informou a Zurich.
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