A organização criminosa que roubou sete carros de modelo Toyota Hilux, no Aeroporto de Vitória, vinha de Minas Gerais para efetuar os crimes. De acordo com a Polícia Civil, as pessoas que lidavam com o financeiro, os executores e chefes do grupo são moradores do Estado mineiro, mas atuavam em outros.
Na última quarta-feira (20) mais dois suspeitos de integrarem a equipe especializada nos furtos dos veículos foram presos em Ribeirão das Neves e Belo Horizonte na 2ª fase da Operação Alto Luxo. A prisão foi efetuada por uma equipe da Delegacia Especializada de Furto e Roubo de Veículos do Espírito Santo, com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta segunda (25).
“Conseguimos fazer um link que são várias pessoas que atuam (na organização), mas são as mesmas sempre que atuam em no Rio de Janeiro, no Paraná e no Espírito Santo”, explicou o delegado Luiz Gustavo Ximenes.
As investigações apontaram também que não há envolvimento de funcionários do aeroporto. Segundo a PC, o grupo observava o local e aproveitava a oportunidade quando notavam a picape estacionada. A equipe de criminosos usava um aparelho específico para destravar os carros.
No Aeroporto de Vitória, eles agiam da seguinte maneira: os criminosos entravam em um veículo, que funcionava como uma cobertura, iam até o estacionamento, e depois até a Hilux, onde destravavam a caminhonete e, em seguida, saíam com os dois veículos.
Após o roubo, eles vendem os veículos para países da América do Sul, como Bolívia, Paraguai e Argentina, e Brasil. Para outros países, eles comercializam os veículos com a tecnologia "Start-Stop", um botão no veículo que desliga o veículo no momento de uma parada momentânea, como engarrafamentos ou farol vermelho, dando a partida quando o movimento precisa ser retomado de forma automática.
Em agosto, outros quatro integrantes do grupo foram presos em Vila Velha e na Serra, no Espírito Santo, e um em Minas Gerais, durante a primeira parte da operação. Os carros de luxo são avaliados entre R$ 200 mil a R$ 400 mil e segundo a Polícia Civil, os veículos eram escolhidos por conta de um equipamento específico onde era possível destravar o carro.
Na época, o colunista de A Gazeta, Leonel Ximenes, noticiou que a administradora do aeroporto começou a colocar travas nos pneus dos carros. O dispositivo impede novos roubos. O dispositivo é instalado à revelia do dono do veículo. Um adesivo é colocado na picape informando ao proprietário como ele deve proceder para destravar a trava antifurto, trabalho sob a responsabilidade da direção do estacionamento do Aeroporto de Vitória.
Além das sete Hilux furtadas no aeroporto da Capital, essa organização já levou ao menos 22 veículos no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, um em Belo Horizonte, e outros nos Estados de São Paulo e Paraná.
Até o momento um carro roubado no capital capixaba foi recuperado no município de Bragança, no Pará. "É díficil recuperar, pois se você pega um carro e leva para o Rio de Janeira e desmancha, como que você acha? Eles vendem as peças e alimentam o ferro-velho clandestino", afirmou o delegado Arruda.
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