Por volta das 9h do dia 9 de novembro de 2020, o motoboy Emerson Arruda Vieira, que na época tinha 27 anos, saiu para realizar uma entrega de medicamentos no Condomínio Ourimar, na Serra, e desde então nunca mais foi visto. Há quatro anos convivendo com o desaparecimento dele, a família passa dias, semanas e anos com a companhia da angústia e saudade.
Emerson trabalhava havia poucos dias em uma farmácia localizada em Feu Rosa, próximo ao local onde seria a entrega. Como não retornou ao trabalho, os funcionários estranharam o sumiço.
Para a reportagem de A Gazeta, na época dos fatos, os colegas de trabalho descreveram que o motoboy era prestativo e realizava as entregas rapidamente, sempre retornando ao estabelecimento. Emerson, inclusive, já havia realizado outras entregas naquela região.
A esposa de Emerson, que prefere não se identificar, contou que ela recebeu a informação do desaparecimento do marido por meio de um telefonema. Na época do caso, a mulher chegou a dar uma entrevista para A Gazeta.
“Simplesmente entrei em desespero. Do jeito que me falaram, eu achei que ele tinha morrido", contou a esposa do entregador.
Sobre o caso, várias versões chegaram até o conhecimento da família. Em uma deles, Emerson teria sido levado para uma mata e moradores ouviram ele gritar por socorro e, logo depois, um tiro. Já outra, afirma que ele foi agredido e colocado em um porta-malas de um carro branco. Ainda assim, o caso ainda é tratado como desaparecimento pela Polícia Civil.
A corporação explicou que as investigações e diligências estão em andamento na Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD).
“Porém, até o momento, o homem não foi localizado. Os policiais estão trabalhando com afinco, todos os dias, com objetivo de prestar o melhor serviço aos parentes, não só desse caso, mas de todos que possuem inquérito em aberto na unidade”, disse, por meio de nota.
A maquininha de cartão e o capacete que Emerson usava para trabalhar naquele dia foram encontrados em uma mata que ficava atrás do Condomínio Ourimar. A moto do homem foi localizada no dia seguinte ao desaparecimento, na Rodovia Audifax Barcelos, na Serra.
A esposa de Emerson conta que a família já passou por várias fases de sofrimento e que vivem um luto há quatro anos, sem previsão para acabar.
“Nos acostumamos com a ausência, mas o que mais temos é o sentimento de indignação, pois as autoridades não nos dão resposta, sequer foi fechado o inquérito, não sabemos o que aconteceu. Ele não é indigente, tem família”, disse a mulher.
A família espera por respostas das autoridades. A esposa de Emerson conta que já ouviu, inclusive de policiais, que deveria perder as esperanças em encontrá-lo.
Informações que possam auxiliar no trabalho de investigação de pessoas desaparecidas podem ser passadas de forma sigilosa por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas. Também é possível passar informações diretamente à equipe de investigação da delegacia, pelo telefone (27) 3137-9065, ou indo pessoalmente à unidade.
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