Marcela Ferreguete da Silva, de 23 anos, uma das mulheres mais procuradas do Espírito Santo, se entregou à polícia no domingo (6), após um pedido do filho de apenas seis anos. A mulher é suspeita de chefiar o tráfico de drogas em Santa Teresa, na Região Serrana do Estado, estava foragida havia um ano e vivia no bairro Alto Lage, em Cariacica, na Grande Vitória.
Além da criança de seis anos, Marcela tem outros três filhos, sendo o mais novo com nove meses de idade.
De acordo com delegado Leandro Barbosa, da Delegacia de Santa Teresa, Marcela Ferreguete responde a três processos criminais por tráfico de drogas e se dedicava há anos à venda de entorpecentes do bairro Vila Nova, no município.
Em entrevista à TV Gazeta, ela disse que "caiu na real" e decidiu se entregar à polícia. "Eu vivia em um mundo de ilusão e estava cansada de fugir. Me sentia um lixo”, disse a mulher (confira acima).
Marcela ainda afirmou que vivia em meio a armas, drogas, curtição e dinheiro. Para a suspeita, apesar de ter tudo isso, as consequências não valem a pena. “Vou começar tudo do zero depois que sair de lá. Vou cuidar dos meus filhos”, declarou.
De acordo com a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Marcela já havia sido presa anteriormente. A mulher entrou e saiu do sistema prisional em abril de 2018 pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas. Em 2021, ela deu entrada novamente no sistema prisional e, em janeiro de 2022, passou a cumprir prisão domiciliar.
Em junho deste ano, o delegado Leandro Barbosa informou à Justiça que Marcela não estava cumprindo a prisão domiciliar referente a um dos três processos em andamento contra ela. Barbosa destacou que Marcela estava com um mandado de prisão preventiva em aberto pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Consideradas perigosas, todas as mulheres na lista das mais procuradas do Espírito Santo têm mandados de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e homicídios registrados em Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana; Itaguaçu, no Noroeste, e Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado. As criminosas apontadas pela polícia são:
Elis e Rúbia são procuradas por homicídio e tiveram mandado de prisão expedido em março desde ano. Segundo a Polícia Civil, o processo do caso de Elis Regina é de 2014.
Elis Regina é natural de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, e o crime cometido por ela foi em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana. A Polícia Civil não forneceu, no entanto, não houve detalhamento.
Já Iven atuava como "pombo correio" do tráfico de Santa Teresa. Conforme a Sejus, a mulher não tinha passagens anteriores pela polícia.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Iven era responsável por transmitir recados de seu companheiro preso para os demais componentes da organização criminosa que atua no município. O mandado de prisão dela foi expedido em abril deste ano.
Apesar de atuarem no mesmo município, não foi informado se Marcela e Iven pertencem à mesma organização criminosa.
Sayonara tem um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo, expedido em 2018. Segundo a polícia, a foragida herdou o tráfico da região Village da Luz, em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo, que antes era comandado pelo pai dela, Rogério Silva. Em 2017, ela já constava na lista de criminosos mais procurados do Sul do estado.
De acordo com a Sejus, Sayonara foi presa em 4 de agosto de 2011 por tráfico de drogas e liberada por meio de alvará expedido pela Justiça em 30 de agosto do mesmo ano.
*Com informações do g1 ES
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