Os suspeitos de matar a facadas os pais da primeira-dama de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, foram identificados como Adriana de Souza Santos, de 36 anos, e Valmir Santana Ribeiro, de 38.
Eles foram presos logo após o duplo homicídio, ocorrido nesta terça-feira (8), e autuados pela Polícia Civil por latrocínio (roubo seguido de morte) e crime contra o meio ambiente, por suspeita de terem matado dois cães da família. Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, e Luiz Geraldo Duarte, de 80, foram mortos com golpes de facas no hotel deles, no bairro Baiminas. Eles eram pais de Keila Vetorazzi, esposa do atual prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho.
O duplo homicídio ocorreu por volta de 11h30 desta terça-feira (8) no hotel onde o casal morava e também gerenciava o estabelecimento. Luiz e Cacilda foram encontrados mortos no segundo andar do imóvel; já os animais encontrados sem vida, no primeiro.
"O rapaz confessou o crime, motivado por razões patrimoniais. Eles tinham a intenção de roubar o casal para fugir para Campos (RJ), pois ambos já são investigados por crimes em Cachoeiro. Ele admitiu que primeiro golpeou a senhora, e depois o senhor, que estava chegando em casa após sair para comprar marmita", detalhou o delegado Felipe Vivas, titular do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cachoeiro.
O titular da DHPP cachoeirense ainda explicou que o suspeito negou ter matado os cachorros, enquanto a mulher também negava envolvimento no crime, alegando não saber de nada.
No entanto, frisou Vivas, Valmir Santana Ribeiro atribui a autoria do crime à Adriana de Souza Santos, dizendo que ela foi a mentora do, inclusive o incentivando a agir.
"Ela já havia se hospedado no local. A motivação para matar o casal era evitar que fossem reconhecidos. Ambos relataram que contrataram uma diária no valor de R$ 100, planejando entrar de manhã e sair à noite, mas já tinham a intenção de cometer o crime, para subtrair bens e fugir para Campos. Imagens de videomonitoramento mostram a vítima chegando ao restaurante e, depois, retornando para casa com a marmita por volta de 10h10 ou 10h20, momento em que ocorreu o crime", complementou o delegado.
Segundo o delegado Rômulo de Carvalho Neto, titular da Delegacia Regional de Cachoeiro, o suspeito preso já tinha um histórico criminal.
"Ele já tinha passagem por tentativa de homicídio em 2006 e é contumaz em crimes patrimoniais nos estados do RJ e ES. Já foi condenado por crime patrimonial aqui no ES e, recentemente, em maio, foi preso em flagrante, mas liberado na audiência de custódia. Inclusive, na manhã do crime, uma equipe da Polícia Civil estava à procura dele para entrevistá-lo sobre um furto ocorrido em um colégio na cidade. Investigações da delegacia de crimes patrimoniais de Cachoeiro indicam que ele estava cometendo vários furtos na cidade", contou o delegado.
"Com relação à mulher, ela tem envolvimento com o tráfico de drogas, além de ser usuária. Tudo indica que apenas os dois participaram. Eles responderão pelo crime de latrocínio, cuja pena varia de 12 a 30 anos, e também por crime contra o meio ambiente, por matarem os dois animais, cuja pena máxima pode chegar a 5 anos. Valmir parece ser do estado do RJ e Adriana é de Cachoeiro. Um crime banal que choca toda a sociedade" disse o delegado Rômulo.
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