O jovem morto a tiros por policiais militares em Pedro Canário, no Norte do Espírito Santo, na manhã desta quarta-feira (1º) foi identificado como Carlos Eduardo Rebouças Barros.
Ele morava no bairro São Geraldo, localizado no município, segundo a ficha dele na Polícia Civil, e havia completado 17 anos no final de 2022.
Na ficha constam vários boletins de ocorrência já registrados contra ele. Conforme a PC, Carlos Eduardo teve a primeira passagem registrada, em dezembro de 2017, por crime análogo a dano ao patrimônio.
A mais recente, no dia 9 de fevereiro deste ano, por tentativa de homicídio com arma de fogo.
Ao longo desse período, também foi acusado de ameaça, posse e uso de maconha, porte ilegal de arma e tráfico de drogas, conforme o colunista Leonel Ximenes já havia antecipado em sua coluna.
Na ficha consta, ainda, que ele tinha o ensino fundamental completo e, na época em que foi registrado o documento, apresentava lesão porque teria resistido à ação policial.
Na ocorrência desta quarta-feira (1º), como mostrou o colunista Leonel Ximenes, a PM foi até o local após receber informação de que uma dupla de traficantes estaria escondida num prédio no bairro São Geraldo, em posse de armas de fogo.
Na câmera que registra o momento em que um policial militar atira contra Carlos Eduardo, o adolescente estava rendido e o PM fez o disparo à queima-roupa.
Em um primeiro momento, as imagens mostram o rapaz sentado. Depois ele se levanta, parece conversar com o policial e se aproxima de um muro. O PM segue com a arma apontada, até que atira. A vítima cai no chão e o policial se afasta.
O colunista apurou que o adolescente já chegou morto ao Hospital Menino Jesus, em Pedro Canário.
Após a confirmação da morte, o corpo dele foi encaminhado ao Serviço Médico Legal (SML) de Linhares, para ser necropsiado e liberado para os familiares, segundo a PC.
Os três policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do adolescente foram detidos em flagrante ainda nesta quarta-feira. Eles foram ouvidos no 13º Batalhão da PM, localizado em São Mateus, município vizinho de onde ocorreu o fato.
Durante uma coletiva de imprensa no início da noite, o comandante-geral da corporação, coronel Douglas Caus, afirmou que os militares – cujas identidades não foram divulgadas – passarão por audiência de custódia nesta quinta (02). As armas dos militares foram apreendidas.
"Eles serão trazidos para o Quartel do Comando-Geral (em Vitória) e ficarão detidos. O auto de prisão em flagrante que está sendo feito será remetido pela Corregedoria à auditoria militar e, amanhã (02), durante um audiência de custódia, o juiz auditor e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) irão decidir pela continuidade da prisão", afirmou Caus.
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