A morte de Rogério Silva, de 57 anos, conhecido como Rogerinho do Village, chamou a atenção na última quarta-feira (7). Ele foi assassinado a tiros no bairro Rubem Braga, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no dia em que recebeu benefício da saída temporária. Mas, afinal, quem era esse homem?
De acordo com informações da Polícia Civil, Rogerinho do Village era conhecido por ser uma das principais lideranças do tráfico de drogas nos bairros Village da Luz, Rubem Braga e Bom Pastor.
Nascido em 17 de fevereiro de 1967, Rogério Silva estava preso desde julho de 2010 na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha. Ele cumpria pena pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas. Na quarta-feira (7), segundo a Secretaria de Justiça (Sejus), ele recebeu o benefício da saída temporária e deveria retornar à unidade prisional no prazo de sete dias.
Mesmo preso, segundo as investigações da Polícia Civil, ele ainda possuía o domínio da região. Em entrevista ao jornal A Gazeta em 2017, o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, à época titular da delegacia de Crimes Contra a Vida de Cachoeiro de Itapemirim (DCCV), contou que “Rogério sempre conseguiu se manter como líder, tendo por trás a esposa e depois a filha. Desde 2012, elas sumiram, porém, em 2016 o Village foi o bairro mais violento em número de homicídios".
A mulher, Terezinha de Jesus Moreira, também foi presa em 2017, durante um culto em uma igreja na cidade de Araruama, no Rio de Janeiro. Ela responde por homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Filha do casal, Sayonara Moreira Silva, hoje com 36 anos, chegou a ser considerada a "herdeira do tráfico" e uma das mulheres mais procuradas do Espírito Santo. Ela ficou presa durante 26 dias, em 2011, por tráfico de drogas. Mas, saiu por meio de um alvará de soltura expedido pela Justiça, e, desde então, não voltou mais para a cadeia, apesar de um novo mandado de prisão, expedido em 2018.
Em 2019, o delegado Guilherme Eugênio afirmou para a reportagem de A Gazeta que Sayonara era investigada por comandar dezenas de bocas de fumo e traficantes na região de Village da Luz, herdada do pai. Segundo consta no Banco Nacional dos Mandados de Prisão, no portal do Conselho Nacional de Justiça, ela segue foragida.
No ano passado, quando a história de Sayonara foi publicada em A Gazeta, o advogado da família, José Carlos Silva, disse que Rogério e os parentes eram vítimas de perseguição. Clique aqui para ler a reportagem completa com o lado da defesa.
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