Cássio Caliman, de 65 anos, foi assassinado nesta segunda-feira (17), em Vila Velha, três meses antes de realizar um sonho: se aposentar para descansar com a esposa e o resto da família. Natural de Afonso Cláudio, a vítima morou em São Paulo e retornou ao Espírito Santo há quatro anos. Há seis meses, conciliava a carreira de representante comercial com a de motorista de aplicativo. A jornada dupla era para pagar algumas contas atrasadas da família e ajudar a pagar a aposentadoria.
Filha única de Cássio, Elizandra Caliman pede Justiça."Ele não merecia isso. Quero Justiça, quero que este monstro, sem coração, apodreça na cadeia e que não seja solto como os outros. Ninguém merece perder um pai do nada. Meu pai era uma pessoa que contagiava a alegria, que brincava com todo mundo, que acolhia todo mundo. Uma pessoa de idade que nunca fez nada para ninguém", desabafou Elizandra, que é técnica em enfermagem, na porta do Departamento Médico Legal, onde esteve para reconhecer o corpo. Ela chegou a trabalhar também como motorista, mas desistiu por medo da violência.
Cássio foi assassinado a facadas na Barra do Jucu, em Vila Velha, nesta segunda-feira (17) à tarde, enquanto trabalhava. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e morreu.
O idoso foi esfaqueado enquanto trabalhava e uma câmera de videomonitoramento flagrou o momento em que ele saiu do carro cambaleando. O crime aconteceu por volta das 17h, na Rua Cândido Portinari, na Barra do Jucu, em Vila Velha. Uma moradora do bairro, que não quis se identificar, passava pela rua no momento em que viu Cássio saindo do carro.
Na noite de domingo (16), um motorista de aplicativo de 36 anos também foi esfaqueado por criminosos - dois homens e duas mulheres - que se passaram por clientes para tentar assaltá-lo no bairro Jardim Botânico, em Cariacica. O motorista abandonou o carro e saiu correndo. Ele foi socorrido por uma viatura da Força Nacional.
Os criminosos fugiram com o veículo e ainda não foram localizados. Uma moradora do bairro viu o momento em que o motorista de aplicativo aguardava o socorro na calçada, antes da chegada da Força Nacional. "Deu pra ver que ele estava ferido no pescoço e bastante ensanguentado, com um rapaz tentando estancar o sangue. Ele não falava nada".
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