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Racha no PCV: entenda por que antigas lideranças querem sair da facção no ES

Racha no PCV: entenda por que antigas lideranças querem sair da facção no ES

Conflito interno tem gerado ataques do próprio grupo criminoso dentro de áreas que fazem parte do Primeiro Comando de Vitória

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 08:07

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Por causa de estatuto da facção, lideranças que querem sair do PCV têm território atacado
Por causa de estatuto da facção, lideranças que querem sair do PCV têm território atacado. (Arte: Camilly Napoleão)

A facção Primeiro Comando de Vitória (PCV), considerada a maior do Espírito Santo, está estremecida. Segundo a Polícia Civil, membros do grupo estão atacando áreas que sempre pertenceram ao bando, o que tem gerado mortes e pessoas feridas. E essa guerra tem motivo: é que lideranças antigas querem sair do PCV.

A informação foi apurada pela subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). De acordo com o delegado Romualdo Gianordoli, chefe da pasta, as lideranças que não querem mais responder à facção são:

Por que eles querem sair?

Segundo o delegado, desde as prisões de chefes do tráfico da facção, as lideranças do PCV mudaram, e isso não agradou os antigos, que estão no grupo desde sua criação. "Eles não querem mais pagar caixa (dinheiro para a facção), as lideranças grandes saíram, eles não têm mais respeito pelas que ficaram, não querem mais receber ordem. As lideranças antigas estão para o Norte (em presídios), o Marujo foi para o Sul, não querem mais ficar com essas lideranças que ficaram, eles não respeitam", detalhou Gianordoli.

Apesar de não desejarem mais ser do PCV, essas antigas lideranças não querem guerra. "Eles querem sair do PCV, mas também não vão se filiar ao Terceiro Comando Puro (TCP), que é o grupo rival. Eles agora estão falando que são do Comando Vermelho", disse o delegado.

A ligação entre PCV e Comando Vermelho

O surgimento do PCV se deu a partir do contato de Carlos Alberto Furtado da Silva, conhecido como Beto, em uma passagem pelo sistema penitenciário federal com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. A partir daí, Beto criou o estatuto do PCV baseado nos moldes da facção paulista. Depois, o PCV se aliou ao Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, de quem adquire armas, drogas e recebe apoio. A sede da facção fica nos bairros Bonfim e da Penha, na Capital.

Estatuto impede saída 

O problema é que, uma vez filiado ao PCV, só há duas maneiras de sair, segundo o estatuto da facção: ou morto, ou se convertendo e passando a seguir os princípios da igreja. Sendo assim, o território dessas antigas lideranças está sob ataque. 

Delegado Romualdo Gianordoli, subsecretário de Inteligência da Sesp
Delegado Romualdo Gianordoli, subsecretário de Inteligência da Sesp. (Júlia Afonso)

Conforme o subsecretário de Inteligência da Sesp, os ataques do PCV contra o território que antes pertencia à própria facção estão, atualmente, mais focados nas regiões comandadas por Dedego, que são: Cobi de Baixo, Cobi de Cima e São Torquato, em Vila Velha, e Jardim Botânico, em Cariacica

Dá para perceber esse clima de guerra em números, veja abaixo:

Segundo as investigações da polícia, após essa decisão de saída dos antigos líderes, eles teriam recebido decretos de morte emitidos pela cúpula da facção. O cenário é acompanhado de perto pelas autoridades.

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