O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, falou sobre o caso do Policial Militar que agrediu um frentista em um posto de combustíveis no município de Vila Velha, em janeiro deste ano. Para o secretário, se trata de uma ação isolada, e algo que diz não querer ver dos policiais.
A demora na investigação também foi comentada pelo secretário. Para Ramalho, a legislação permite que o procedimento investigatório se arraste por tanto tempo.
Isso carece de investigação. E por que demora tanto? Porque, infelizmente, a legislação assim permite. Assim como permite aos criminosos uma série de benesses, permite também ao nosso policial, no caso dessa ação, que ele também tenha sua defesa justificada por inúmeras questões. E uma delas é a dispensa médica. Com essa dispensa, ele não pode responder ao processo disciplinar. Isso se arrasta, isso tem o conhecimento da Justiça, é uma legislação que permite que isso aconteça, disse.
Câmeras de videomonitoramento do estabelecimento flagraram o sargento Clemilson Silva de Freitas dando um tapa e apontando uma arma para o frentista Joelcio Rodrigues, no dia 23 de janeiro de 2020. O motivo teria sido a insatisfação com o atendimento prestado pelo funcionário no dia anterior, que teria pedido para que o policial e uma mulher que o acompanhava descessem da moto para fazer o abastecimento.
Após quatro tentativas e muita dificuldade, o frentista conseguiu registrar a ocorrência na corregedoria da Polícia Militar para que o caso fosse apurado.
Mas, desde então, o sargento não recebeu nenhum tipo de punição. Isso porque cinco dias após o ocorrido, o militar recebeu uma licença para se manter afastado do trabalho por 148 dias, a fim de tratar um problema de saúde. E no fim deste período, recebeu uma segunda licença médica e ficará sem trabalhar até, pelo menos, o próximo dia 25 de agosto. Com isso, o processo administrativo aberto para investigação da conduta do sargento segue em andamento.
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