A Polícia Civil concluiu que a retirada de sacos de cimento da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no dia 29 de setembro, não foi crime. A investigação foi coordenada pela Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Cachoeiro e levou em consideração os depoimentos colhidos pelas delegacias de Itapemirim e Presidente Kennedy.
A Polícia Civil informou que o delegado responsável não o vislumbrou indícios de infração penal e o Inquérito Policial foi encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), para ciência e medidas cabíveis. Depoimentos foram colhidos nas delegacias do litoral porque o caminhão foi encontrado em Presidente Kennedy.
O secretário municipal de Manutenção e Serviços de Cachoeiro, responsável pela compra do cimento, Vander Maciel, esteve na Câmara de Vereadores, na sessão desta terça-feira (26), para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. Ele explicou que a prefeitura adquiriu 1.800 sacos de cimento da empresa Bahiense Material de Construção. Na entrega, no Centro de Manutenção Urbana (CMU), a equipe percebeu que não havia local para estocar todo o material, e 150 sacos de cimento ficariam ao relento, sujeitos à ação do tempo.
Diante desta situação, o secretário pediu que os mesmos fossem enviados para uma empresa que se prontificou a guardá-los e entregá-los quando a Prefeitura solicitasse. A empresa é a Kemacol, situada em Presidente Kennedy, e que também possui contrato com a prefeitura.
Vander justificou que o cimento não foi enviado de volta para a Bahiense porque o contrato da Prefeitura com a empresa venceria no domingo seguinte. Já o firmado com a Kemacol tem prazo mais longo e ainda vigora. “Nossa intenção foi a de proteger o produto, que poderia estragar ficando ao relento, nesse tempo muito chuvoso.”
Ainda na sessão, o secretário disse que o cimento foi devolvido e, agora, está no CMU, protegido por uma lona e utilizado na produção de manilhas.
Um caminhão da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, carregando 150 sacos de cimento foi flagrado em Presidente Kennedy, na tarde do dia 29 de setembro. O veículo foi interceptado após uma denúncia de que o produto estava sendo desviado.
No caminhão da Prefeitura estavam dois servidores públicos que teriam saído da Secretaria de Obras do município. Segundo a Polícia Militar, um homem ligou para o Ciodes dizendo que havia interceptado um veículo carregado com cimento vindo na Rodovia ES 162, zona rural de Presidente Kennedy, que teria saído de Cachoeiro de Itapemirim.
Disse ainda, segundo o registro policial, que a carga havia sido furtada do município e estava sendo levada para Presidente Kennedy. Militares foram ao local e constataram que o caminhão possuía 150 sacos de cimento. A carga e o motorista foram encaminhados a Delegacia Regional de Itapemirim.
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