Na manhã desta segunda-feira (14), o pai de Bryan Henrique, de 2 meses, que foi encontrado morto em Ecoporanga esteve no Serviço Médico Legal (SML) de Linhares para liberar o corpo do filho. Segundo o delegado, as investigações não apontam participação dele no crime. A Polícia Civil revelou que a mãe, Márcia Gomes de Sousa, 20 anos, confessou ser a responsável pela morte da criança.
Ainda muito abalado, o homem lembrou o momento em que chegou em casa e se deparou com a mulher supostamente amarrada e o filho morto.
Eu saí cedo para tirar leite. Quando cheguei em casa, abri a porta e achei estranho. Vi minha mulher caída no chão amarrada e desmaiada. Perguntei onde estava meu filho, ela falou assim: tá ali na parede, vai lá que você vai ver. Eu fui, ele estava enforcado lá, relatou o pai do bebê para a reportagem da TV Gazeta.
O pai afirmou ainda que ele procurou pela PM, quando os militares chegaram ao local, ele não conseguiu falar mais com a esposa. Ele destacou que se a mulher for realmente culpada pela morte do filho, ela precisa pagar pelo crime.
Para o delegado, a mãe apresentou duas supostas versões para a morte do filho.Ela começou dizendo que estava depressiva depois do parto e matou por causa disso, mas, durante o interrogatório, afirmou que cometeu o homicídio porque achava que o pai não quisesse o filho e também porque ele não dava atenção suficiente para ela e a criança, afirmou o delegado Daniel Nogueira.
Questionado sobre o relacionamento com a esposa, o homem destacou que não tinha problema de relacionamento com a esposa. Nossa vida estava tranquila, tudo normal, relatou. Segundo o marido, eles estavam juntos há dois anos.
O delegado afirmou ainda que há indícios de que a mulher teria premeditado o crime. No dia 10 deste mês, o pai fez uma ocorrência na polícia de que haviam posto veneno no frasco de vitaminas do bebê. Apesar dela não ter confessado esse crime, existem indícios suficientes de que ela já estava tentando matar a criança, relatou o delegado.
O pai do bebê relatou o caso e lembrou que procurou a polícia. Nós demos a vitamina para o menino, e meu filho começou a babar. Mais tarde, eu decidi dar a vitamina. Quando destampei o vidro de vitamina, tinha o cheiro de veneno para matar carrapato em boi, contou.
O homem também confirmou que vinha sofrendo algumas ameaças por carta e nas redes sociais. De acordo com o delegado, a própria mãe teria simulado cartas com supostas ameaças à família e ao bebê. Além disso, ela teria criado um perfil falso nas redes sociais para encaminhar o mesmo tipo de intimidação, de acordo com informações do delegado.
O delegado destacou que não há indícios que liguem o pai ao crime. Por enquanto, não há nada que ligue o pai ao fato. Ele não sabia que ela pretendia matar a criança e estava preocupado com a segurança da família depois que começou a receber as cartas deixadas na varanda da casa e mensagens de WhatsApp ameaçadoras. Pelo desenrolar dos depoimentos, não acredito que o pai tenha participado, contou o responsável pelas investigações.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe do bebê foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e pelo crime previsto no artigo 347 no Código Penal: inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito. A mulher será encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Colatina.
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