Bairros de Vitória mais uma vez presenciaram foguetórios na noite deste domingo (19) e o secretário Alexandre Ramalho, da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), prometeu intensificar a identificação dos responsáveis por ordenar o "show pirotécnico", inclusive com a suspeita de que as ordens partam de detentos do sistema prisional capixaba.
Em entrevista ao programa ES1, da TV Gazeta, o secretário da Sesp, coronel Alexandre Ramalho, mostrou-se incomodado com a possibilidade de presos estarem se comunicando com pessoas dos respectivos bairros.
"Temos que avaliar até que ponto ainda que um indivíduo preso tem influência dentro da comunidade e como isso acontece. Precisamos saber ainda qual o meio de comunicação está sendo socializado desse indivíduo com o local onde ele possui uma liderança criminosa", destacou Ramalho.
Sem saber a origem das ordens, o chefe da Sesp reforçou que as forças de segurança do Estado tentarão pôr fim à comunicação existente entre detentos para evitar novos ataques e também foguetórios.
"Continuaremos trabalhando com inteligência, principalmente focando na ligação de um indivíduo preso com sua comunidade local", disse o secretário.
Recorrentes na capital capixaba, os foguetórios amedrontam moradores dos próprios bairros e também de locais próximos. O último, durou cerca de 15 minutos. O coronel Ramalho condicionou esses episódios à falta de controle na comercialização desse material como empecilho nos trabalhos investigativos.
Impedir a realização dos fogos é uma coisa muito difícil, porque a venda fogos de artifícios não são proibidas, então fica mais difícil identificar o local e o momento que irão soltá-los", salientou.
Por fim, o chefe de segurança pública enalteceu o trabalho desempenhado pela Polícia Militar, que, após denúncias, conseguiu interromper duas festas conhecidas como "Baile do Mandela", em Gurigica e São Benedito, e ainda impediu outra que ocorreria no Bairro da Penha.
Em junho, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovou um projeto de lei que determina que lojas que comercializem fogos de artifício e explosivos identifiquem os clientes através de um cadastro e enviem as informações para as polícias Civil e Militar. O objetivo é intensificar fiscalização do uso dos materiais pelo tráfico de drogas.
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