> >
Secretário quer saber se ordens para queimas de fogos partem de presídios no ES

Secretário quer saber se ordens para queimas de fogos partem de presídios no ES

O foguetório ocorrido na noite deste domingo (19) em Vitória foi associado ao aniversário de Vaninho, preso em 2019. Secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, informou que a Sesp tenta identificar se ordens partem de presos

Publicado em 20 de julho de 2020 às 13:09

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O secretário de Segurança Pública, Coronel Alexandre Ramalho, condenou o foguetório na noite deste domingo (19), em Vitória
O secretário de Segurança Pública, Coronel Alexandre Ramalho, condenou o foguetório na noite deste domingo (19), em Vitória. (Reprodução/TV Gazeta)
Secretário quer saber se ordens para queimas de fogos partem de presídios no ES

Bairros de Vitória mais uma vez presenciaram foguetórios na noite deste domingo (19) e o secretário Alexandre Ramalho, da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), prometeu intensificar a identificação dos responsáveis por ordenar o "show pirotécnico", inclusive com a suspeita de que as ordens partam de detentos do sistema prisional capixaba.

Em entrevista ao programa ES1, da TV Gazeta, o secretário da Sesp, coronel Alexandre Ramalho, mostrou-se incomodado com a possibilidade de presos estarem se comunicando com pessoas dos respectivos bairros.

"Temos que avaliar até que ponto ainda que um indivíduo preso tem influência dentro da comunidade e como isso acontece. Precisamos saber ainda qual o meio de comunicação está sendo socializado desse indivíduo com o local onde ele possui uma liderança criminosa", destacou Ramalho.

Queima de fogos para comemorar aniversário de traficante no Bairro da Penha
no começo do mês, houve uma grande queima de fogos para comemorar aniversário de um traficante no Bairro da Penha. (Internauta)

Sem saber a origem das ordens, o chefe da Sesp reforçou que as forças de segurança do Estado tentarão pôr fim à comunicação existente entre detentos para evitar novos ataques e também foguetórios.

"Continuaremos trabalhando com inteligência, principalmente focando na ligação de um indivíduo preso com sua comunidade local", disse o secretário.

QUEIMA DE FOGOS

Recorrentes na capital capixaba, os foguetórios amedrontam moradores dos próprios bairros e também de locais próximos. O último, durou cerca de 15 minutos. O coronel Ramalho condicionou esses episódios à falta de controle na comercialização desse material como empecilho nos trabalhos investigativos.

Impedir a realização dos fogos é uma coisa muito difícil, porque a venda fogos de artifícios não são proibidas, então fica mais difícil identificar o local e o momento que irão soltá-los", salientou.

Por fim, o chefe de segurança pública enalteceu o trabalho desempenhado pela Polícia Militar, que, após denúncias, conseguiu interromper duas festas conhecidas como "Baile do Mandela", em Gurigica e São Benedito, e ainda impediu outra que ocorreria no Bairro da Penha.

LEI MAIS RÍGIDA

Em junho, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovou um projeto de lei que determina que lojas que comercializem fogos de artifício e explosivos identifiquem os clientes através de um cadastro e enviem as informações para as polícias Civil e Militar. O objetivo é intensificar fiscalização do uso dos materiais pelo tráfico de drogas.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais