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“Sem sequelas”, diz passageira que levou tiro na nuca em ônibus do Transcol

“Sem sequelas”, diz passageira que levou tiro na nuca em ônibus do Transcol

Mulher de 30 anos foi alvo de assaltantes durante a noite de domingo (2); após passar por cirurgia no Hospital Jayme dos Santos Neves, ela recebeu alta e contou à reportagem sobre a ação dos suspeitos

Publicado em 3 de março de 2025 às 20:10

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Terminal de ônibus de Carapina
Õnibus tinha acabado de sair do Terminal de Carapina, na Serra. (Vitor Jubini)
João Barbosa
Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br

Atingida com um tiro na nuca durante um assalto a um ônibus do Sistema Transcol na noite de domingo (2), a vítima, uma mulher de 30 anos – que preferiu não se identificar – passou por cirurgia e passa bem. Em conversa com a reportagem da TV Gazeta, nesta segunda-feira (3), ela detalhou a ação onde foi baleada e afirmou que não teve sequelas após o disparo.

“Escutei o estrondo do tiro e [senti] minha nuca ‘pegando fogo’, queimando muito. Levei as duas mãos para a nuca e senti o sangue esguichar”, contou a vítima, em conversa com o repórter Álvaro Guaresqui, da TV Gazeta.

De saída do trabalho, ela estava embarcada no veículo da linha 535 do Transcol, que faz ligação entre os terminais de Carapina, na Serra, e Campo Grande, em Cariacica. Logo ao deixar o terminal da Serra, três criminosos anunciaram o assalto na região do bairro Rosário de Fátima e, ao descer do ônibus, um deles atirou, sendo que a bala a atingiu na cabeça. A mulher afirma que não reagiu, ainda assim virou alvo do tiro dos suspeitos.

“Meu telefone estava até desbloqueado. Minha reação foi só de levantar o celular. Eles pegaram o meu e foram recolher os outros aparelhos. Eles desceram em um ponto na Rua Carioca e, a visão que tive, do último menino que desceu, foi que ele voltou um degrau e atirou”, lembra a mulher. Segundo ela, a bala não ficou alojada, já que entrou pela nuca e saiu sem atingir a coluna cervical ou o crânio.

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[Estou] sem nenhuma sequela, graças a Deus

X.
Vítima de tiro na nuca durante assalto a um ônibus do Transcol
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A ação criminosa

Conforme informações do motorista do Transcol, os assaltantes embarcaram no Terminal de Carapina com os outros passageiros. Quando passavam pela Rua Carioca, anunciaram o assalto e tomaram o celular de duas passageiras, inclusive a vítima do disparo.

Após descerem, um deles atirou para dentro do ônibus, atingindo a mulher de 30 anos. Eles fugiram a pé. O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foi acionado, e a equipe prestou os primeiros socorros, sendo que a passageira estava consciente e foi encaminhada para o Hospital Dr. Jayme Santos Neves, ainda na Serra.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que buscas foram realizadas na região, mas ninguém foi preso. Já a Polícia Civil salientou que o fato foi registrado como tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) e será investigado por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).

"Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada. A Polícia Civil destaca que a população pode auxiliar na investigação por meio do telefone 181. O Disque-Denúncia é uma ferramenta segura, onde não é necessário se identificar para denunciar. Todas as informações recebidas são investigadas. As informações ao Disque-Denúncia ainda podem ser enviadas por meio do site, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas", frisou a PC, também em nota.

Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES) também foi procurada pela reportagem para pontuar ações voltadas para a segurança dos passageiros e sobre a situação específica do assalto.

Em nota, porém, a Ceturb se limitou a informar que os “terminais do Transcol, por onde circulam, diariamente, mais de 500 mil pessoas, contam com equipes de vigilância patrimonial, para manter a ordem e guardar o patrimônio público", pontuou a Ceturb, sem pontuar ações específicas relacionadas ao fato de domingo (2). Veja a nota na íntegra abaixo.

Nota da Ceturb-ES:

A Ceturb-ES informa que os dez terminais do Transcol, por onde circulam, em média, diariamente, mais de 500 mil pessoas, contam com equipes de vigilância patrimonial, para manter a ordem e guardar o patrimônio público. Além disso, os terminais contam com cerca de 100 câmeras de videomonitoramento, distribuídas nas 10 unidades. 

Todos os ônibus do sistema contam com câmeras de videomonitoramento embarcadas. Sempre que ocorre algum tipo de situação que envolve a segurança das pessoas, a vigilância dos terminais tenta resolver com abordagens pacíficas, mas caso seja necessário, em situações com mais risco para usuários e trabalhadores, a Polícia Militar, com quem a Ceturb-ES tem parceria, é acionada. As imagens das câmeras, tanto dos terminais, quanto dos ônibus do Transcol, podem ser solicitadas pela polícia para ajudar nas investigações de crimes. 

As câmeras foram instaladas para monitorar a operação do sistema e também para auxiliar a polícia em assuntos de segurança.

Já o sistema GVBus, também por nota, informou que “para auxiliar na prevenção de crimes nos coletivos, as empresas operadoras do Sistema Transcol investem em equipamentos e atuam em parceria com a polícia. Toda a frota do Sistema Transcol é equipada com câmeras de videomonitoramento, sendo 2 câmeras nos microônibus, 3 ou 4 aparelhos nos convencionais, e 4 câmeras nos articulados. Assim, nos casos de roubo, furto, ou qualquer outra ocorrência criminal, as imagens das câmeras ficam à disposição da polícia para ajudar nas investigações. Somente a autoridade policial pode liberar essas imagens”.

Ainda segundo o GVBus, os motoristas também são orientados a registrar o boletim de ocorrência e a conduzir a vítima até a delegacia para também registrar o boletim.

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