Duas serpentes que estavam sendo mantidas em cativeiro em uma casa no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha, foram apreendidas pela Polícia Militar Ambiental nesta quinta-feira (13). Segundo a polícia, o responsável pelos animais – uma jiboia e uma cascavel – não possuía autorização de nenhum órgão competente para criar as cobras.
A polícia afirmou também que o responsável pelas serpentes, que não foi identificado pela corporação, alegou que aprecia as espécias e as mantinha como animais de estimação por "hobby". Segundo a polícia, as cobras eram alimentadas com pequenos roedores.
A Polícia Militar Ambiental explicou que o responsável teve que assinar um termo circunstanciado, no qual se comprometeu a comparecer perante as autoridades assim que for solicitado. As serpentes foram recolhidas e levadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), para avaliação médica. Elas serão devolvidas à natureza.
Além de acidentes e possíveis riscos que a criação desses animais em cativeiro pode gerar, a polícia alertou que manter essas espécies sem a autorização do órgão competente também é um crime ambiental. A ocorrência é prevista na Lei 9.605/98, em seu artigo 29, parágrafo 1º, inciso III, cuja pena é de detenção de seis meses a um ano, além de multa.
A polícia destacou ainda que uma das espécies apreendidas, a cascavel (Crotalus durissus) é uma serpente venenosa. A corporação elucidou que, no Brasil, existem quatro tipos de serpentes peçonhentas cuja picada pode ser fatal: as jararacas (Bothrops), responsáveis por mais de 85% dos episódios; as cascavéis (Crotalus), com cerca de 7%; as surucucus (Lachesis), com 4%; e as corais verdadeiras (Micrurus), com menos de 1% dos registros.
A jiboia apreendida, da espécie Boa constrictor, não é venenosa, mas, segundo a Polícia Militar, sua mordida demanda atendimento médico, pois podem inocular bactérias na vítima e causar infecções.
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