Um mês após o serralheiro João Batista de Oliveira, de 33 anos, ser assassinado dentro de casa no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha, com um golpe de facão na cabeça, a Polícia Civil identificou e procura o homem apontado como principal suspeito do assassinato. A reportagem de A Gazeta apurou que Adolfo dos Reis Junior, de 33 anos, que trabalhava como ajudante da vítima e está foragido.
Em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Adolfo consta como indiciado na ação do Inquérito Policial, mas a Polícia Civil explicou que o inquérito ainda não foi concluído, portanto, ele ainda não foi indiciado. A corporação informou, em nota enviada nesta quinta-feira (29), que as investigações sobre o crime estão "avançadas" e que contra o suspeito consta um mandado de prisão temporária em aberto, mas ele está em "local incerto e não sabido".
No dia em que João foi encontrado morto dentro da casa dele, havia um recado na parede que teria sido deixado pelo assassino. O que estava escrito no recado não foi divulgado, mas a corporação iniciou a investigação trabalhando com a hipótese de crime passional, uma vez que a vítima teria um relacionamento com uma mulher que seria casada ou recém-separada.
No entanto, em resposta à demanda de A Gazeta, a Polícia Civil informou, em nota enviada no último dia 13, que havia sido afastada a hipótese de crime passional. Já nesta quinta-feira (29), a corporação disse que, segundo o responsável pela investigação e adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, delegado Vinicius Landeira, o assassino cometeu o crime para subtrair bens da vítima.
Procurada por A Gazeta, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Adolfo dos Reis Júnior chegou a ser preso no dia 4 de junho, cerca de uma semana após o assassinato do serralheiro, mas por crime previsto no artigo 180 do Código Penal – de receptação.
Conforme apuração da reportagem, na ocasião, Adolfo foi autuado por receptação porque estava com a moto e o celular de João Batista de Oliveira. Por ser preso primário, ele foi solto no mesmo dia, em audiência de custódia. O mandado de prisão temporária dele pela morte do serralheiro foi expedido semanas depois, no último dia 23.
Na época do crime, vizinhos relataram ter ouvido gritos de socorro vindos da casa da vítima na madrugada do dia 28 de maio, um domingo. João foi morto com golpe de facão na cabeça e foi encontrado com uma mordaça na boca. Foi a própria irmã da vítima que o encontrou, já no dia 29, uma segunda-feira, depois da família não conseguir contato com ele durante o fim de semana.
A primeira versão desta matéria informava, com base em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que o suspeito de matar o serralheiro já havia sido indiciado pelo crime. No entanto, a Polícia Civil explicou que não concluiu o inquérito, portanto, não realizou ainda o indiciamento. O texto foi atualizado.
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