A Prefeitura de Cariacica exonerou um assessor adjunto da Secretaria Municipal de Finanças, na última segunda-feira (5), apos relatos de que o servidor teria vendido ingressos falsos para os desfiles das escolas de samba do Carnaval de Vitória 2024 no Sambão do Povo, realizados no último fim de semana, e também do Rio de Janeiro (RJ).
“A partir do momento em que tomou conhecimento dos fatos foi lavrado um boletim de ocorrência na Polícia Civil e o referido servidor foi imediatamente exonerado das funções, conforme publicação no Diário Oficial do município desta terça-feira (6)”, informou a Prefeitura de Cariacica, em nota.
A Polícia Civil confirmou que um boletim de ocorrência foi registrado pela internet por uma das vítimas e validado pelo 7º Distrito Policial de Vila Velha na segunda-feira (5). A corporação disse que o caso segue sob investigação e não há outras informações que possam ser divulgadas.
"A população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas”, destacou.
A reportagem de A Gazeta tentou contato com o servidor afastado, mas não obteve o retorno. O espaço está aberto caso ele ou a defesa queiram se posicionar. O nome dele não está sendo divulgado porque ainda não há indiciamento pela Polícia Civil ou mandado de prisão contra ele.
Umas das pessoas que relataram terem sido vítimas do homem é o jornalista e comentarista de carnaval Jace Theodoro. Ele disse que pagou R$ 900,00 ao assessor para assistir aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro na próxima semana.
No boletim de ocorrência, está descrito o pagamento de duas parcelas, uma de R$ 400 e outra de R$ 500, com a garantia de que os ingressos seriam entregues até a próxima sexta-feira (9). Mas, desde que as denúncias surgiram, o servidor não responde mais às mensagens nas redes sociais.
Outro que diz ter sido vítima é o empresário Marlon Pitter, de 41 anos, que buscava comprar um espaço na área das mesas, no Sambão do Povo, para o desfile do grupo especial, no sábado (4). Ele teve um prejuízo de R$ 700.
"Entramos em contato, ele disse que tinha mesas para vender e o valor era R$ 1.430,00, com antecipação de R$ 700,00 até o dia 10 de dezembro e o restante perto do evento. Fizemos o pagamento e quando chegou perto do carnaval entrei em contato para saber se estava tudo certo, ele disse que sim", conta.
"Quando chegamos ao Sambão, a atendente informou que ele tinha dado golpe em uma galera e todos os ingressos eram falsos. No sistema dela, o ingresso que eu estava na mão era equivalente à arquibancada. Ele fez montagem e colocou como se fosse mesa para o sábado (4)", relata.
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