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Silêncio em Presidente Kennedy após retorno de Amanda Quinta

Silêncio em Presidente Kennedy após retorno de Amanda Quinta

Na cidade, não se comenta sobre rotina da prefeita afastada no seu primeiro dia depois de saída da prisão. Familiares não informam seu paradeiro

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 20:48

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Amanda Quinta no dia de sua prisão, 8 de maio. (Reprodução/TV Gazeta)

Um dia após a prefeita afastada Amanda Quinta (sem partido) deixar a prisão, o clima nesta quinta feira (19) é de silêncio sobre sua rotina e seu paradeiro em Presidente Kennedy, no Litoral Sul do Estado. Ela teve a liberdade concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta terça-feira (17) e deixou o centro prisional de Cachoeiro de Itapemirim, no final da tarde desta quarta (18).

Amanda foi presa em flagrante no dia 8 de maio deste ano na Operação Rubi do Ministério Público do Espírito Santo, que apura esquema de fraude em licitações e pagamento de propina na cidade. O companheiro José Augusto Paiva, também foi detido na ocasião e permanece preso.

Apesar de estar fora da prisão, Amanda não pode ficar fora de casa no período noturno, de 22h às 6h e deve manter uma distância de 100 metros da prefeitura.

CARREATAS

Ao receber a notícia de que ela deixaria a prisão, na quarta, moradores fizeram carreatas pelas ruas da pequena cidade. À noite,  uma grande queima de fogos foi ouvida no centro do município. Porém, nesta quinta, pouco foi comentado sobre o assunto.

“A cidade está muito quieta, devagar. Até porque cria uma situação, as pessoas não sabem definir muito bem. Fala-se que ela está na cidade, mas ninguém a viu”, comentou a vereadora do município Tânia Mara Fontana Correa (PRP). 

Nem mesmo na Câmara de Vereadores, onde foi realizada sessão ordinária na manhã desta quinta, o assunto foi levantado, observou a parlamentar Vera Lúcia de Almeida Maitan (PV). “Na terça à noite houve grande movimento, pessoas contentes com a saída dela, tanto na cidade quanto no interior. Eu não a vi, mas creio que esteja em casa”, disse.

Procurados pela reportagem, o advogado de Amanda Quinta, Altamiro Thadeu Sobreira, e familiares da prefeita afastada não informaram sobre sua rotina ou destino após a saída da prisão.

Sobreira, que também faz a defesa de José Augusto Paiva, disse que não há novidades quanto ao caso do companheiro de Amanda. “Já ingressamos desde terça com o pedido de extensão do efeito para José Augusto, estamos trabalhando, mas por enquanto sem novidades ainda”, informou.

RELEMBRE O CASO

Em maio deste ano, a prefeita Amanda Quinta (sem partido), o secretário municipal e companheiro dela, José Augusto Paiva, e o empresário Marcelo Marcondes Soares realizavam uma reunião na casa de Amanda, em que foram entregues R$ 33 mil de propina, em uma mochila. Eles foram presos em flagrante pela polícia. Marcondes fez delação e foi solto. José Augusto continua preso.

As investigações foram iniciadas pelo Ministério Público em 2017. A equipe diz ter colhido evidências contundentes de que os agentes políticos e servidores municipais recebiam propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo.

Os contratos de limpeza urbana e de transporte público investigados na Operação Rubi por suspeitas de superfaturamento somam mais de R$ 150 milhões, no período de 2013 a 2018. A maior parte do montante - R$ 105,7 milhões - é referente a contratos firmados entre quatro empresas investigadas e prefeituras do Sul do Estado.

Sete pessoas foram detidas durante a operação. Quem comanda o município atualmente é o prefeito interino Dorlei Fontão (PSD), vice-prefeito de Presidente Kennedy.

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Com sua saída do centro prisional de Cachoeiro de Itapemirim, no final da tarde de quarta-feira, ela continua afastada do cargo público eletivo. Porém, ficam mantidos os vencimentos, mas proibida a utilização de qualquer bem relativo ao cargo.

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